Uso de suplementação na Bovinocultura de Corte

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O Brasil possui um dos maiores rebanhos comerciais do mundo, sendo que sua produção é mais realizada no sistema de pastejo, nesse viés, em períodos de estiagem a produção de pastagem se torna precária e como consequência o ganho de peso e produtividade animal por área se tornam limitados, ou seja, para que sejam minimizados estas limitações de produção, é necessário que sejam fornecidos aos animais suplementos alimentares que viabilizam  atender as exigências nutricionais e necessidades de desempenho esperado dos animais.

Cria, recria e engorda, são as fases do ciclo produtivo de bovinos de corte, sendo que cada etapa possui uma exigência nutricional diferente, que vai mudando de acordo com o tempo, deste modo, o ganho de peso do animal se estabiliza de acordo com que o animal vai se tornando mais maduro, ainda assim, um outro fator que interfere nesses ganhos são a qualidade da forragem, sendo necessário, corrigir déficits e intensificar o sistema produtivo.

Leia também: Suplementação de bovinos de corte – Cria, Recria e Terminação.

A suplementação em pastejo permite reparar a alimentação, visando obter um melhor ganho de peso e reduzindo o tempo dos ciclos produtivos, além de evitar o surgimento de restrições  de crescimento e reprodutivos.                                                                                                                             

Os minerais exercem funções ligadas às estruturas corporais, ao metabolismo, ação da microflora, ou seja, são fundamentais para o funcionamento do  organismo. Deste modo, um mineral essencial, é aquele que  se encontra ausente no organismo e assim afeta  de alguma forma o seu desenvolvimento, assim, o animal deve-os adquirir por meio da alimentação.

As pastagens possuem uma composição muito variável, além do mais, seus valores nutricionais presentes, dependem da interação entre solo-ambiente-manejo. Deste modo, os bovinos sob sistemas de pastejos possuem no geral maiores deficiências em:  Fósforo, Sódio, Zinco, Iodo, Cobre e Cobalto, visto que, são esses minerais que possuem maior limitação nas pastagens brasileiras, em contrapartida, Cálcio e Magnésio têm concentrações mais ideais e o Ferro e Manganês, acima dos níveis adequados.

Há inúmeras variedades de suplementos para bovinos de corte e o que deverá  ser fornecido vai depender da fase de crescimento do animal, da qualidade da pastagem e do clima da região. Desta forma, o uso de suplementação só não tem resposta quando a massa de forragem for alta, com baixo teor de fibra e elevado teor de proteína. No período chuvoso permite um aumento no desempenho dos animais, diminuindo o tempo para o abate.

Principais tipos de suplementação

Proteico: Este suplemento é indicado para animais em fase de crescimento, lactação, gestação ou para épocas de estiagem. Podem ser formulados  produtos proteicos ureados, pois eles auxiliam na maximização de ganho de peso de bovinos que ingerem forragens de baixa qualidade, visto que, aumentam a ingestão e degradabilidade da forragem. É um suplemento de baixo consumo (0,1% do PV), no qual só possui eficiência quando a forragem disponível não é limitante. Tem por objetivo maximizar a produção de proteína microbiana, por meio da adição de ureia, possibilitando assim, um crescimento microbiano, sendo que, baixos teores de PB são fatores limitantes para a atividade dos microrganismos do rúmen. Estes microrganismos são capazes de converter o nitrogênio vindo da ureia em um equivalente protéico. Nesta suplementação podem ser usados além da ureia, o farelo de algodão, de soja, de amendoim, etc.

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Mineral:  Neste suplemento deve ter a inclusão de micro e macrominerais  essenciais de boa qualidade, além de corrigir deficiências de minerais, ajuda na prevenção de doenças e melhoram a imunidade. Eles devem ser livres de substâncias nocivas, além de  apresentar uma boa palatabilidade, ter boa procedência, com partículas que permitam boa agregação e que tenham um bom custo. Além disso, deve ser avaliado a categoria do animal, sendo que o consumo corresponde a 0,025% PV. Neste mineral há, por exemplo, o cloreto de sódio (sal comum), óxido de zinco, sulfato de cobre, além do mais  pode haver adição de aditivos como o milho.

Energética: É indicado para animais na fase de engorda, com o objetivo de aumentar a velocidade de crescimento e  acúmulo de gordura na carcaça, deste modo, são  fornecidos alimentos que possuem um alto teor de energia, como exemplo, milho, sorgo, farelo de trigo, milheto, polpa cítrica.

Proteico-Energética: Também conhecida por suplementação múltipla, é fornecida quando há necessidade de teores mais elevados de energia, por meio da adição de elementos energéticos. O consumo por cabeça é em torno de 0,3% PV. 

Em conclusão, a suplementação potencializa resultados, melhorando assim, a eficiência alimentar do gado e impede que os animais reduzam seu peso em épocas de seca, sendo assim, as características nutricionais de um suplemento a ser ofertado ao gado irá depender da quantidade e qualidade da forragem, no qual depende da época, manejo, tipo de forragem etc. 

Referências:

MORAES, S. DA S. Importância da suplementação mineral para bovinos de corte. [s.l.] Campo Grande, MS: Embrapa Gado de Corte, 2001., 2001.

REIS, R. A. et al. Suplementação da dieta de bovinos de corte como estratégia do manejo das pastagens. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 38, n. SPE, p. 147–159, 1 jul. 2009.

REHAGRO. Suplemento para gado de corte: veja a importância na alimentação.

AGROPECUÁRIA, R. Principais tipos de suplementos para gado de corte.

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