Sabe-se que o Brasil apresenta um dos maiores rebanhos bovinos do mundo contando com mais de 218 milhões de animais segundo o IBGE (2021) e, para melhor gerenciamento, a utilização de brincos como forma de identificação animal é um grande aliado do gestor na produção.
A aplicação de brincos nos bovinos, tanto leiteiros quanto de corte, é uma atividade simples, mas que necessita de mão-de-obra treinada e eficiente, visto que após a aplicação do brinco devem ser tomados alguns cuidados para que não haja contaminação ou infecção no local da perfuração.
Outro ponto importante é o local da aplicação, o brinco deve estar posicionado na parte central da orelha, entre as nervuras e nunca sob uma nervura ou na extremidade, pois pode facilmente cair caso o animal enrosque em algo, perdendo assim sua identificação.
Importância da identificação
Assim como os outros métodos, a marcação por brincos traz segurança ao produtor e ao produto (carne, leite e etc), ainda mais quando cadastrado ao SISBOV (Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos), já que esse cadastro possibilita ter acesso a todo o histórico do animal, bem como facilita a comercialização dos animais entre propriedades.
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Através do número escrito no brinco podem ser obtidos dados como: nome da propriedade, nome do animal, idade, raça, aptidão, quem são seus pais, produtividade e etc.
Em Santa Catarina a utilização de brincos em bovinos é obrigatória e podem ser obtidos na CIDASC (Companhia Integrada do Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) por meio de cadastro – para saber mais entre em contato com seu escritório local – além disso, essa identificação deve ser feita até os 6 meses de idade dos bovinos, pois em caso de não cadastramento do animal o mesmo pode se tornar irregular (possui brinco, mas não possui cadastro) ou ilegal (em situações onde o animal tem mais de 6 meses e não possui o brinco).
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Limitações
As principais limitações da utilização são a perda do brinco pelos animais no campo (podendo ser por falhas na hora da aplicação), a reutilização de brincos por parte dos produtores (animal é abatido e o brinco é reaproveitado) e também o não correto cadastramento dos animais. Para isso, então, é necessário que se busque cada vez mais profissionais honestos e dispostos a melhorar a gestão da propriedade, uma vez que possuir os dados dos animais através de brincos gera credibilidade e também melhora o controle dos animais, principalmente genético e produtivo.
Fontes:
CIDASC (Companhia Integrada do Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina)
Identificação de Bovinos (Fabiana Chaves da Silva)
Pecuária do Futuro