A suinocultura é responsável por grande contribuição na cadeia pecuária do Brasil, marcando de forma significativa o ano de 2021. De acordo com a Embrapa Aves e Suínos (2021), a produção nacional de suínos registrou aumento de 5,97% quando comparado aos anos anteriores e manteve o mercado internacional aquecido, devido ao incremento das exportações em 11,03%, impulsionado principalmente pela China (CRIVELLARO, 2021).
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Entretanto, para que os índices produtivos se mantenham satisfatórios, alguns fatores devem ser considerados e a nutrição é uma das peças fundamentais durante esse processo. O milho e o farelo de soja são os ingredientes mais utilizados para a composição das dietas fornecidas aos suínos, conhecidos como os ‘’ingredientes convencionais’’ (HORWAT et al. 2021). Porém, o entrave principal associado a esses dois alimentos é o elevado custo da matéria prima, a qual pode representar cerca de 80% do custo total das atividades desenvolvidas, deixando a ração ainda mais onerosa para o produtor e influenciando no balanceamento energético da dieta final (FAUSTINO et al. 2020).
A inclusão dos óleos na alimentação de suínos surge como uma alternativa capaz de promover um custo-benefício satisfatório, devido a sua viabilidade econômica quando comparado aos ingredientes convencionais. Sua inclusão ocorre de forma parcial aos cereais, contribuindo para atender a demanda energética através do aporte de ácidos graxos e reduzindo o custo da dieta total. Além da energia, os ácidos graxos essenciais são importantes auxiliadores do metabolismo e vitalidade animal (SOUZA, 2017).
Além disso, o fornecimento de óleo também está correlacionado aos princípios de bem-estar, atuando como uma estratégia nutricional para locais com elevadas temperaturas. Isto porque os óleos fornecem 2,25 vezes mais energia que os carboidratos e proteínas, fazendo com que ocorra redução do incremento calórico (calor gerado após o consumo de alimento pelo animal, devido ao aumento das reações metabólicas), minimizando os efeitos negativos relacionados a alta temperatura e proporcionando conforto térmico ao animal (FIALHO et al. 2001).
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REFERÊNCIAS:
CRIVELLARO, Alessandro. 2021. ‘’A gigante China, a PSA e a revolução no mercado mundial de grãos e carnes’’. Em Peste Suína Africana – PSA: O controle da doença e o impacto no mercado global, 36. E-book: Agroceres Multimix. Disponível em: https:// agroceresmultimix.com.br/ebook/peste-suina-africana. Acesso em: 06/01/2023.
ESTATÍSTICAS – Portal Embrapa. 10 de maio 2022. Disponível em: https://www.embrapa.br/en/suinos-e-aves/cias/estatisticas. Acesso em: 6 jan. 2023.
FAUSTINO, Thailson Fernando et al. Utilização de grão de milho reidratado e casca de café na alimentação animal. Revista Científica Rural, v. 22, n. 1, p. 259-275, 2020.
FIALHO, Elias Tadeu; OST, Paulo Roberto; OLIVEIRA, V. Interações ambiente e nutrição–estratégias nutricionais para ambientes quentes e seus efeitos sobre o desempenho e características de carcaça de suínos. In: Conferência Internacional Virtual sobre Qualidade de carne suína. 2001. p. 351-359.
HORWAT, D. et al. Uso de alimentos alternativos na dieta de suínos. Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.18, n.1, p.8845-8851, jan/fev, 2021. ISSN: 1983-9006. Disponível em: https://nutritime.com.br/wp-content/uploads/2021/01/Artigo-531.pdf. Acesso em: 6 jan. 2023.
MACIEL, Roberto. Uso de óleos e gorduras nas rações. Brasil: UFLA, 2015.
SOUZA, Claudiana da Silva. Utilização de misturas de óleos vegetais na ração de suínos em terminação. 2017. Dissertação de Mestrado. Brasil.
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