Os animais de estimação estão cada dia ganhando mais espaço nos lares familiares, concomitante a isso, a indústria do mercado pet vem crescendo majoritariamente.
Dentre os diversos cuidados que devem ser tomados (direta ou indiretamente), a questão das embalagens dos pet foods não pode ficar de fora. Os alimentos para os animais, assim como os alimentos para humanos, precisam ser adequadamente embalados para manter a qualidade e integridade dos mesmos – de forma a garantir que as características físicas e nutricionais não sejam alteradas, mantendo as propriedades elaboradas pelo fabricante até o momento do consumo.
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Os aspectos dos pet foods variam de acordo com diversos fatores, dentre eles o tempo de prateleira/vida útil (shelf life), que diz respeito ao prazo que este possui para ser consumido, desde sua fabricação, sem que haja perda de sua integridade, como citado anteriormente.
De forma a garantir esses aspectos, devemos ficar atentos quanto às embalagens utilizadas. Para que a embalagem cumpra a função de proteger o produto, alguns fatores devem ser considerados, incluindo:
Grupo em que os alimentos se encaixam
• secos (máximo de 12% de umidade): produzidos pelo processo de extrusão e geralmente compostos por ingredientes de origem vegetal e animal, premix mineral-vitamínico e/ou aminoácido e aditivos. Após a extrusão passa por secagem, onde o excesso de umidade é retirado.
• semi-úmidos (entre 12% e 30% de umidade): são produzidos por um processo semelhante ao anterior, contudo, apresentam ausência ou parcial secagem.
• úmidos (mínimo de 30% e máximo de 84% de umidade): estes tipos de alimentos são produzidos pelo processo de esterilização/cozimento e/ou pasteurização e, geralmente, são compostos por subprodutos de origem animal, vegetal e premix mineral-vitamínico.
Propriedades da embalagem
• proteger contra a luz: nos alimentos úmidos e semi-úmidos a luz é considerada prejudicial, pois afeta negativamente na qualidade do produto, de forma a degradar os nutrientes (vitaminas, proteínas e gorduras). Portanto, para evitar que isso aconteça, é necessário aplicar filmes de alumínio para conseguir uma barreira efetiva.
• proteger contra a gordura: outra questão considerada prejudicial é a passagem de gordura nas embalagens, de forma que esta se junte a poeira e comprometa negativamente nas vendas, por afetar na fixação das tintas e adesivos contidos na embalagem. A barreira para impedir a passagem de gordura varia com a espessura do filme que foi usado na produção da embalagem, sendo o nylon, o polietileno tereftalato (PET), polipropileno (PP), polietileno de alta densidade (PEAD), alumínio e vidro considerados os melhores – evitam a perda da palatabilidade dos alimentos.
• proteger contra a umidade: se embalados de maneira inadequada, os produtos expostos aos altos níveis de umidade tendem a passar por alterações na cor, sabor, além de apresentar perdas nutricionais, devido ao aumento da umidade colaborar com o crescimento de microrganismos que deterioram o alimento. Materiais como polietileno e suas variações são os que mais impedem este agente, mantendo a maciez ou crocância do produto.
• proteger contra gases: o oxigênio é considerado como um dos agentes contaminantes, pois auxilia na proliferação de microrganismos, sabendo disso, o oxigênio juntamente com o aroma natural do alimento devem ser barrados. Nylon, polietileno tereftalato, polipropileno biorentado, polipropileno e polietileno são os materiais mais usados para essa finalidade – a correta proteção auxilia em maior tempo de “shelf life” do alimento.
Referências:
RAIMUNDI, André. Embalagem para pet food: saiba os requisitos necessários. Blog Perfil Maq. Concórdia, 3 dez. 2019. Disponível em: https://www.perfilmaq.ind.br/
ABINPET. Manual Pet Food Brasil. 10° Edição. Novembro de 2019.