O leite, um dos alimentos mais consumidos globalmente, apresenta uma ampla variedade de opções no mercado, como integral, desnatado, semidesnatado, pasteurizado, UHT (ultra high temperature) ou em pó. No entanto, a seleção do produto adequado às necessidades individuais pode ser desafiadora para algumas pessoas.
Com o aumento de condições como intolerâncias, alergias e outros problemas relacionados à digestão de alimentos tornaram-se cada vez mais comuns. O leite não foge a essa realidade. Sintomas como náuseas, desconforto intestinal, gases, dor abdominal e diarreia são comuns em intolerantes à lactose após consumirem produtos que contenham esse carboidrato, responsável pelo adocicado característico do leite.
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Para identificar a intolerância e seu grau, exames de sangue são recomendados. Se o resultado for positivo, a sugestão é optar por produtos livres de lactose ou, antes das refeições, consumir uma quantidade específica de lactase, enzima responsável pela quebra da lactose. Entretanto, mesmo com resultados negativos para intolerância à lactose, muitas pessoas relatam desconforto ao consumir o produto. Isso pode ocorrer devido à diminuição na capacidade de digestão das proteínas presentes no leite, especialmente as caseínas, que podem ser alfa 1 e 2, beta e kappa.
Durante a digestão da β-caseína A1, ocorre a liberação do peptídeo opioide β-casomorfina-7, conhecido como BCM-7. Já na digestão da β-caseína A2, a liberação desse peptídeo é mínima ou inexistente. Sabendo que o BCM-7 causa desconforto gastrointestinal durante o consumo, o leite com genótipo A2A2 é mais recomendado para pessoas com essa particularidade.
Nem todas as raças de animais, principalmente bovinos, produzem leite com genética A2A2. Em animais não submetidos a seleção genética, é mais comum essa característica ser A1A1 ou A1A2, sendo a causa dos problemas relatados por um nicho específico de consumidores. É importante destacar que o leite A2A2 é recomendado para pessoas com desconforto, mesmo sem diagnóstico de intolerância à lactose, a menos que seja produzido com essa característica e contenha tal informação na embalagem. Isso ocorre porque, se não adicionada de maneira industrial, a enzima lactase não estará presente em leites com esta característica.
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Para pessoas com alergia à proteína do leite (APLV), o consumo de leite A2A2 é uma questão complexa, requerendo estudos de caso prévios conduzidos por profissionais de saúde humana. Estudos indicam que, se o grau de alergia for pequeno, devido à diferenciação na composição de proteínas (especialmente a caseína), as reações alérgicas tendem a ser menores. Contudo, é necessário realizar estudos aplicados devido à presença de outras proteínas no leite.
O importante é destacar que o leite é seguro e nutritivo, rico em cálcio, proteínas, vitaminas, gorduras e aminoácidos, o leite é um alimento essencial em todas as fases da vida humana. Beba leite, é saudável!
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Ótimo conteúdo!