Estresse Térmico em Machos Reprodutores

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A bovinocultura tem grande importância no impacto econômico do Brasil. Além de gerar emprego e proporcionar segurança alimentar, também garante qualidade nos produtos oferecidos pelo setor.

Entre os diversos pilares da produção animal está o melhoramento genético, que contribui para o manejo reprodutivo da fazenda – através dessa seleção é possível melhorar condições produtivas, eficientizar o crescimento dos animais, aumentar a resistência a doenças e parasitas, melhorar a qualidade da carne e eficiência alimentar entre outros pontos atrelados ao sistema. 

Para que essas características sejam passadas para as proles com êxito, é importante o cuidado em diversos momentos, não só no momento do manejo reprodutivo mas também com os animais, tanto as vacas destinadas à inseminação quanto os touros que produzem o sêmen que serão usados.  

Leia também: Estresse térmico na reprodução de bovinos

Em relação aos fatores que podem prejudicar a produção de sêmen, é possível citar o estresse térmico nos machos reprodutores. Os bovinos são homeotérmicos, ou seja, mantém a temperatura relativamente constante mesmo com as oscilações da temperatura ambiental.

Estresse térmico é a soma de mecanismos de defesa do organismos em resposta a um estímulo provocado por um agente agressor ou estressor externo ou interno para manter a homeostase. 

Condições testiculares

Visto isso, a fertilidade está associada a diversos mecanismos. Para uma produção adequada de espermatozóides a manutenção térmica do escroto deve ser entre 2ºC até 6ºC abaixo da temperatura corporal. Há uma porção de sistemas que atuam com o objetivo de promover esse ambiente ao mais próximo do ideal.

A temperatura escrotal é determinada pela temperatura ambiente, umidade, temperatura corporal, quantidade de calor perdida pelo escroto, variação anatômica do escroto e também a integridade escrotal.

A alta temperatura frequentemente comum no Brasil afeta os processos produtivos e reprodutivos. Nos machos a alta temperatura pode desencadear esterilidade estival, degeneração do epitélio germinativo, redução da produção de sêmen, queda da fertilidade

Desafios gerados pela alta temperatura

A degeneração testicular é a principal causa de redução de fertilidade nos machos, com maior destaque nos touros de origem europeia. Trata-se de uma alteração anatômica no parênquima testicular, que pode ser uni ou bilateral, temporária ou permanente. Causa disfunções químicas e variações estruturais na células da linhagem germinativa deixando o tecido menos ativo.

Os climas mais quentes prejudicam a produção espermática através da redução na taxa de crescimento corporal e testicular correlacionada a disponibilidade nutricional. A redução na taxa do crescimento testicular afeta diretamente na diminuição de espermatozóides e maturação da espermátides.

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Dessa maneira, as células de Leydig terão menor capacidade esteroidogênica, consequentemente afetando toda a produção espermática.

A temperatura elevada promove maior porcentagem de espermatozóides anormais e inférteis durante a ejaculação, também atua no índice de pH do sêmen. Sendo assim, temperaturas entre 39ºC a 42ºC diminuem a viabilidade e velocidade dos espermatozóides em função do tempo de exposição.

O comportamento sexual (libido), principalmente de touros europeus que sofrem mais com altas temperaturas, tendem a reduzir

Portanto, para que esses animais expressem seu potencial produtivo as fazendas devem reduzir o estresse térmico que gera perdas enormes na produção. Recomenda-se aos criadores estratégias alimentares e ambientes com maior conforto térmico.

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