Estresse Térmico em Machos Reprodutores

Faça parte da comunidade Zootecnia Brasil! Inscreva-se!

O Zootecnia Brasil não envia anúncios ou e-mails em excesso.

Junte-se a 1.040 outros assinantes

A bovinocultura tem grande importância no impacto econômico do Brasil. Além de gerar emprego e proporcionar segurança alimentar, também garante qualidade nos produtos oferecidos pelo setor.

Entre os diversos pilares da produção animal está o melhoramento genético, que contribui para o manejo reprodutivo da fazenda – através dessa seleção é possível melhorar condições produtivas, eficientizar o crescimento dos animais, aumentar a resistência a doenças e parasitas, melhorar a qualidade da carne e eficiência alimentar entre outros pontos atrelados ao sistema. 

Para que essas características sejam passadas para as proles com êxito, é importante o cuidado em diversos momentos, não só no momento do manejo reprodutivo mas também com os animais, tanto as vacas destinadas à inseminação quanto os touros que produzem o sêmen que serão usados.  

Leia também: Estresse térmico na reprodução de bovinos

Em relação aos fatores que podem prejudicar a produção de sêmen, é possível citar o estresse térmico nos machos reprodutores. Os bovinos são homeotérmicos, ou seja, mantém a temperatura relativamente constante mesmo com as oscilações da temperatura ambiental.

Estresse térmico é a soma de mecanismos de defesa do organismos em resposta a um estímulo provocado por um agente agressor ou estressor externo ou interno para manter a homeostase. 

Condições testiculares

Visto isso, a fertilidade está associada a diversos mecanismos. Para uma produção adequada de espermatozóides a manutenção térmica do escroto deve ser entre 2ºC até 6ºC abaixo da temperatura corporal. Há uma porção de sistemas que atuam com o objetivo de promover esse ambiente ao mais próximo do ideal.

A temperatura escrotal é determinada pela temperatura ambiente, umidade, temperatura corporal, quantidade de calor perdida pelo escroto, variação anatômica do escroto e também a integridade escrotal.

A alta temperatura frequentemente comum no Brasil afeta os processos produtivos e reprodutivos. Nos machos a alta temperatura pode desencadear esterilidade estival, degeneração do epitélio germinativo, redução da produção de sêmen, queda da fertilidade

Desafios gerados pela alta temperatura

A degeneração testicular é a principal causa de redução de fertilidade nos machos, com maior destaque nos touros de origem europeia. Trata-se de uma alteração anatômica no parênquima testicular, que pode ser uni ou bilateral, temporária ou permanente. Causa disfunções químicas e variações estruturais na células da linhagem germinativa deixando o tecido menos ativo.

Os climas mais quentes prejudicam a produção espermática através da redução na taxa de crescimento corporal e testicular correlacionada a disponibilidade nutricional. A redução na taxa do crescimento testicular afeta diretamente na diminuição de espermatozóides e maturação da espermátides.

Acesse também nosso LinkedIn e nos siga: Zootecnia Brasil

Dessa maneira, as células de Leydig terão menor capacidade esteroidogênica, consequentemente afetando toda a produção espermática.

A temperatura elevada promove maior porcentagem de espermatozóides anormais e inférteis durante a ejaculação, também atua no índice de pH do sêmen. Sendo assim, temperaturas entre 39ºC a 42ºC diminuem a viabilidade e velocidade dos espermatozóides em função do tempo de exposição.

O comportamento sexual (libido), principalmente de touros europeus que sofrem mais com altas temperaturas, tendem a reduzir

Portanto, para que esses animais expressem seu potencial produtivo as fazendas devem reduzir o estresse térmico que gera perdas enormes na produção. Recomenda-se aos criadores estratégias alimentares e ambientes com maior conforto térmico.

Deixe uma resposta

Compartilhar

Share on facebook
Facebook
Share on linkedin
LinkedIn
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp

TAMBÉM QUER SEU ANÚNCIO AQUI? ENTRE EM CONTATO

Translate »