Monensina e virginiamicina para bovinos a pasto

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Aditivos promotores de crescimento são amplamente utilizados na nutrição animal, buscando melhor desempenho, qualidade do produto final e otimização no uso dos nutrientes. Dentre as classes de aditivos utilizados na bovinocultura de corte, os ionóforos são os mais utilizados, sendo a monensina o principal representante dessa classe.

A monensina sódica como citado anteriormente é um antibiótico ionóforo, e foi descoberta em 1967, contudo, seu uso na nutrição de bovinos se deu em 1970. A monensina age selecionando bactérias gram-negativas, ou seja, atua inibindo as gram-positivas. Por outro lado, a virginiamicina é um antibiótico não ionóforo, possuíndo dois peptídeos chamados de fator M e S. Atua inibindo a síntese proteica de bactérias, principalemente as gram-positivas, levando a bactéria a morte. A virginiamicina é bastante utilizada em dietas de adaptação em confinamentos, por ter um maior controle sobre bactérias produtoras de ácido lático, reduzindo a queda abrupta do pH e prevenindo a acidose ruminal.

monensina e virginiamicina

Pesquisa sobre o uso de Monensina e virginiamicina para animais a pasto

A pesquisadora analisou o desempenho, parâmetros ruminais e emissão de GEEs de bovinos suplementados (0,3% PV) com Monensina, Virginiamicina e a associação de ambos.

MON, VG e MON+VG foram eficientes no tamponamento do rúmen, com o pH ficando >= 6.5. Esse ambiente menos ácido fica na faixa ideal para uma boa proliferação e ação das bactérias celulolíticas, como também foi observado no trabalho.

Leia também: O que é acidose ruminal e como minimizar sua ocorrência?

Houve uma tendência de redução de N-amoniacal no rúmen, esse efeito é atribuido a ação dos aditivos contra as bactérias proteolíticas, contudo, deve-se tomar cuidado para que os níveis de compostos nitrogenados no rúmen não fiquem muito baixo, reduzindo assim a síntese de proteína microbiana que possui alto valor biológico.

Os animais suplementados com MON + VG tiveram melhor eficiência alimentar. Não houve diferença nos GMDs, mas, houve redução da ingestão de MS, logo, melhor conversão.

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Não houve o aumento esperado de propionato em relação ao acetato, consequentimente, também não houve diferença nas emissões CH4. Os níveis de glicose sanguíneo e insulina também não variaram de forma significativa, visto que o propionato é o principal percursor de glicose dos animais ruminantes.

REFERÊNCIA:

DALLANTONIA, E.E. ASSOCIAÇÃO DE ADITIVOS NA SUPLEMENTAÇÃO DE BOVINOS A PASTO NO PERÍODO DAS ÁGUAS. Dissertação de mestrado, Zootecnia – FCAV Unesp – Jaboticabal, 2017. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/150441

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