Mombaça é uma boa alternativa?

Faça parte da comunidade Zootecnia Brasil! Inscreva-se!

O Zootecnia Brasil não envia anúncios ou e-mails em excesso.

Junte-se a 1.000 outros assinantes

O capim-mombaça é uma alternativa para áreas de solo com maior fertilidade, sendo indicada na diversificação das pastagens em sistemas intensivos de produção animal. Sua adoção tem se dado especialmente em áreas de produção de leite e, mais recentemente, em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Tem persistência média de seis anos, com produção animal de 15 @/ha/ano. Comparado ao capim-colonião, o mombaça produz 130% a mais de matéria seca foliar. Proporciona aos bovinos de corte ganhos médios de 700 kg de peso vivo/ha/ano, revelando-se medianamente resistente à cigarrinha-das-pastagens.

A tomada de decisão do produtor leva em conta as alternativas de manter o sistema extensivo com baixa produtividade e baixo custo de manutenção ou de intensificar o sistema. Dessa forma, passou-se a considerar as vantagens do capim-mombaça em substituição à braquiária em processo de degradação, situação comumente encontrada.

Leia também: Consórcio de cultivares de Urochloa e leguminosas: uma realidade sustentável!

Quem ganha com isso

Os principais beneficiários da tecnologia são os pecuaristas, que obtiveram incrementos de produtividade animal. A cultivar Mombaça vem ganhando espaço também em sistemas de integração lavoura/pecuária e na pecuária de leite, em substituição ao capim-elefante. As empresas que comercializam sementes são beneficiadas, pois podem oferecer aos clientes produtos diversificados e as empresas que vendem fertilizantes ou corretivos também o são, dado que esta tecnologia requer maior nível de fertilidade para expressar seu potencial produtivo.

Abrangência geográfica

GO, MS, MT, AC, PA, RO, TO, PR, MG e SP.

Benefícios econômicos e sociais

O ganho econômico proporcionado foi calculado com base na diferença de ganho de peso animal proporcionado pelo uso do capim-mombaça, em média de 450 kg de peso vivo/ha/ano, em comparação àquele gerado pela braquiária decumbens em processo de degradação, cuja média é de 100 kg de peso vivo/ha/ano. Em tal situação, de baixo retorno econômico, mas também de baixo risco associado ao sistema produtivo, o produtor que visa intensificar a produção e aumentar o giro de capital opta pelo Mombaça, arcando com seus custos e riscos adicionais. O ganho adicional de 350 kg equivale a 178,5 kg de carne em carcaça para um rendimento de carcaça de 51%. Considerando o preço médio corrigido do boi gordo em 2015 de 138,08 reais/arroba e o custo adicional de 300 reais/hectare, o ganho unitário foi de 1.343,20 reais/ha.

Acesse também nosso LinkedIn e nos siga: Zootecnia Brasil

O impacto social tem se dado em diferentes elos da cadeia produtiva. Do lado da produção, esta cultivar tem representado uma importante tecnologia adotada por pequenos e médios pecuaristas de leite, especialmente em substituição ao capim elefante. Na pecuária de corte, por ser usado em sistemas mais intensivos de produção, indiretamente aumenta a demanda por mão-de-obra. Do lado das indústrias, este capim, somado ao P. maximum cv. Tanzânia e Brachiaria brizantha cv. Marandu, representou um forte impacto no mercado de produção e beneficiamento de sementes e de máquinas e equipamentos voltadas para este ramo da agropecuária. É considerável a contribuição desta tecnologia para a geração de emprego e renda e para a melhoria da gestão e capacitação dos atores envolvidos na pecuária de corte.

REFERÊNCIA

EMBRAPA. Panicum maximum cv. Mombaça. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/882/panicum-maximumcv-mombaca. Acesso em: 07 out. 2022.

Deixe uma resposta

Compartilhar

Share on facebook
Facebook
Share on linkedin
LinkedIn
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp

TAMBÉM QUER SEU ANÚNCIO AQUI? ENTRE EM CONTATO

Translate »