Utilização do Resíduo Industrial de Tomate na alimentação animal

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tomate

A produção de leite e de carne no Brasil apresenta oscilações durante o ano em consequência da variação das disponibilidades das pastagens – conhecido como vazio forrageiro.

Diante das grandes transformações econômicas sofridas pelo mundo, e consequências que traz para a produção animal. As margens de retorno econômico nas atividades pecuárias é cada vez menor, principalmente nos países em desenvolvimento. A busca por maior eficiência produtiva é essencial para a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva. Neste contexto, os produtores devem buscar reduzir custos e/ou aumentar receitas, visando à obtenção de resultados econômicos satisfatórios na atividade, mesmo em épocas de menor disponibilidade de pastagem (MAGALHÃES et al, 2005).

A safra do tomate coincide com o período de baixas disponibilidades das forragens, período em que é comum a utilização de fontes de alimentos volumosos conservados, como as silagens e o feno. Os ruminantes, devido ao seu sistema digestivo, são capazes de transformar resíduos agroindustriais em alimentos de elevado valor nutritivo, como leite e carne.

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Cerca de 350 mil toneladas de resíduos industriais advindos do tomate são comercializadas no Brasil por ano. A indústria de tomates gera grande quantidade de subprodutos. Sementes e peles são os maiores subprodutos e contêm compostos de alto valor biológico (CALVO et al., 2008). Destaca-se ainda, que os subprodutos não possuem competição com o uso na alimentação humana, ficando ainda mais claro uma forma de “baratear” os custos com alimentação na produção.

O RIT apresenta-se como alternativa para a elaboração de novos produtos com boa qualidade nutricional, além de favorecer o aproveitamento integral do alimento e reduzir o impacto ambiental. Podendo também, ser satisfatoriamente conservado como silagem, o que prolonga a vida útil, sem que seja necessário o emprego de combustíveis fósseis, fator esse que aumentaria substancialmente o custo de processamento do resíduo. Porém, é fundamental conhecer as características deste alimento, pois deve-se respeitar os limites de inclusão e o balanceamento das dietas, para que as necessidades fisiológicas nutricionais e características dos animais possam ser levadas em consideração (REIS, 2022).

O resíduo apresenta um grande potencial na nutrição dos animais de produção, associando o menor custo com bom desempenho dos animais, quando utilizado nos níveis ideais, evitando assim que a quantidade de fibra presente no resíduo interfira na absorção de nutrientes pelos animais.

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Referências:

CALVO, Marta María; GARCÍA, María Luisa; SELGAS, María Dolores. Dry fermented sausages enriched with lycopene from tomato peel. Meat Science. v.2 n.80. p. 167-72, 2008.

CAMPOS, W. E. et al. Qualidade da silagem do residuo industrial de tomate submetida a diversos tratamentos. revista Ceres, v. 54, n. 311, p. 93-97, 2007.

MAGALHÃES, Karla Alves et al. Desempenho, composição física e características da carcaça de novilhos alimentados com diferentes níveis de casca de algodão, em confinamento. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 34, n. 6, p. 2466-2474, 2005.

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