Bem-estar de equinos no transporte

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Proporcionar o máximo conforto ao animal, atendendo suas exigências nutricionais e cuidados com ambiência e manejo são indispensáveis para que o animal possa ter bem-estar, ou seja, expressar seu comportamento natural. Sob esta perspectiva, há leis e normas de orientação para que se tenha os cuidados necessários, seja no dia-dia na propriedade, venda ou na preparação dos animais em  eventos.

Os cuidados devem estar presentes em todo o manejo com o animal, desde o seu embarque, sua saída da propriedade até sua chegada no local e desembarque, visto que, qualquer ação brusca pode desencadear ao animal além do estresse, problemas como baixa ingestão de água, aumento de incidência de anorexia, laminite, cólica e além disso podem sofrer com alguma lesão física.

Os equinos quando estão sendo transportados com restrição ao consumo de água sofrem com um aumento na taxa de respiração, dos batimentos cardíacos, alterando assim concentrações de sódio e cloro séricos, fazendo com que o animal sofra com desidratação. Deste modo, como prevenção durante o transporte destes animais, podem ser ofertados oralmente soluções eletrolíticas, uso de flavonóides, realizar exercícios leves durante as paradas (entre 4 à 6 horas) – quanto ao horário da viagem, seria adequado no período noturno, por questões de temperatura e movimento de trânsito.

Condições Ideais 

Existem normativas que indicam como se deve proceder com um animal antes, durante e após um percurso, sendo assim, os cuidados devem ser mais rigorosos no momento de embarque e desembarque dos animais, visto que podem proporcionar maiores problemas, como injúrias e aumento da frequência cardíaca. Para exemplificar, nos momentos iniciais do embarque  o equino tem em torno de 97 bc/ min,  em contrapartida, após 14 minutos de trajeto seus batimentos normalizam com 55 bc/ min. É indicado que a rampa de embarque não tenha ângulos com inclinação maior que 20°.

Metabolismo X Manejo

Viagens com duração em torno 24 horas geram mudanças significativas no metabolismo do animal, deixando – os mais susceptíveis às doenças e interferindo no seu desempenho, além disso, eles podem perder cerca de 6% de massa corpórea. Ao serem transportados, além de  estarem com proteção nas caudas, pernas, cabeça, devem estar sob boas instalações: espaço suficiente, com piso forrado, seco e limpo e boa ventilação.

Leia também: Bem estar animal: sombra e água fresca basta?

Posicionamento dos cavalos

O sentido da cabeça para frente ou para trás pode não apresentar diferenças significativas, no entanto, eles podem ter um melhor equilíbrio quando estão em posições opostas ao sentido do percurso, cavalos e burros giram os seus corpos voluntariamente para se orientar no sentido oposto, segundo Clark et al (1993). Além disso, Cregier (1982) e Cross et al (2008), observaram e concluíram  à respeito do posicionamento dos animais que, quando expostos de costas para a direção do trajeto, sofrem menos estresse e se encontram mais seguros, devido a um menor impacto e perda de equilíbrio, ou seja, o animal não apresenta efeitos negativos sobre os parâmetros fisiológicos ou comportamentais.

Considerações finais

Saber sobre o que proporciona conforto à espécie animal – ambiência e agentes estressores – além de atender suas exigências, auxiliarão o criador na adequação do manejo correto e evitando assim  que o animal tenha perdas tanto no  desempenho, como  perdas econômicas.

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Referências:

Cadernos Técnicos Veterinária e Zootecnia <www.crmvmg.org.br>

http://www.abccmm.org.br/leitura?id=5964

ruralpecuaria.com.br

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