Os coprodutos, também chamados de subprodutos, são as partes constituintes da própria planta, incluindo-se os restos de cultura gerados a partir da fabricação de farinha, a extração da fécula ou também da goma.
Raiz:
Excelente fonte de energia para ruminantes e não ruminantes, por conter grande quantidade de amido, que é altamente digestível e fornece muita energia para o organismo dos animais. Porém, possui um princípio tóxico chamado ácido cianídrico (HCN), mas que pode ser eliminado facilmente por ser volátil. Basicamente, deve-se cortar e deixar ao ar livre de um dia para o outro.
Valor nutritivo aproximado: 35% de matéria seca (MS), 1,25% de proteína bruta (PB), 1,45% de fibra bruta (FB), 0,45% de extrato etéreo (EE) e 62% de nutrientes digestíveis totais (NDT).
Parte aérea:
Após a retirada da raiz para comercialização, resta a parte aérea rica em proteína, que pode ser ofertada direto no cocho após um período de duas a três horas emurchecendo ao sol, pois também contém o HCN que se transforma em cianeto dentro do rúmen, sendo algo letal para os animais. É possível fazer farinha ou feno também, depois de secar ao sol.
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Valor nutritivo aproximado in natura: 22% de MS, 22% de PB, 14% de lignina (LIG), 54% de fibra em detergente neutro (FDN), 53% de NDT e 52% de digestibilidade (DIG).
Valor nutritivo aproximado do feno: 89% de MS, 6,8% de PB, 12% de LIG, 54% de fibra em detergente ácido (FDA), 52% de NDT e 45% de DIG.
Valor nutritivo aproximado da silagem: 25% de MS, 15% de PB, 12% de LIG, 52% de FDN, 57% de NDT e 67% de DIG.
Raspas:
As mandiocas são descascadas e sobram as raspas que podem ser transformadas em farinha após a secagem e trituração, servindo de alimento para ruminantes e não ruminantes. Diferente da raiz, as raspas não possuem o HCN, pois o tempo que leva para a farinha ficar pronta é mais que suficiente para que o HCN seja volatilizado.
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É pobre em vitaminas, principalmente o caroteno e alguns aminoácidos essenciais, por isso deve ser fornecida para aves e suínos no máximo 40% em substituição ao milho e no caso de aves de engorda, no máximo 15%. Já para ruminantes, a substituição pode chegar no máximo a 60%.
Valor nutritivo aproximado: 87,7% de MS, 2,8% de PB, 0,45% de EE, 3,3% de matéria mineral (MM), 14,6% de FDN, 68,7% de NDT, 87% de DIG e 79,7% de Amido.
Varredura residual:
Todo resíduo que sobra após a confecção da farinha de mandioca será de consumo humano. Para suínos, o consumo máximo é de 40% em substituição ao milho. No caso de aves de engorda é de 8% e os ruminantes até 50% de substituição.
Valor nutritivo aproximado: 91% de MS, 1,6% de PB, 2% de EE, 9,2% de FDN, 78% de NDT, 92% de DIG e 84,4% de Amido.
Manipueira:
Líquido amarelado extraído através da prensagem da mandioca durante o processo de fabricação da farinha. É altamente poluidor no meio ambiente, por isso, uma alternativa é oferta-lo aos animais.
Porém, possui o HCN e o indicado é armazená-lo em tanques por cerca de duas semanas, para que o HCN evapore e o líquido possa ser consumido pelos animais posteriormente.
Valor nutritivo aproximado: 6,7% de MS, 1% de PB, pH 4,0 (provoca o desgaste dos dentes dos animais), 96,2% de carboidratos (CHO) e 96,2% de carboidratos não fibrosos (CNF).
Referências:
Conhecimento adquirido durante as aulas de Tecnologias de Subprodutos (2021.1) na Universidade Federal de Sergipe – UFS.
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