Conheça a fisiologia do estresse nos animais de produção

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Conheça a fisiologia do estresse nos animais de produção
Fonte: Acervo pessoal, Daniella Barauna

A princípio, a homeostasia é o equilíbrio dos sistemas funcionais de controle, que envolvem reações comportamentais e mecanismos fisiológicos.

O estresse, ao contrário da homeostasia, é o estado do organismo no qual, após a ação de agentes de qualquer natureza, responde com uma série de reações não específicas de adoração. É dividido em eustress (uma resposta positiva do indivíduo, praticamente momentânea) e distress (perdura mais que o necessário, trazendo malefícios à saúde do indivíduo).

É captado através de diversas funções:

  • Sensorial: estímulos internos e externos do corpo, como visão, olfato, paladar, audição e tato;
  • Integradora: processa a informação recebida de órgãos distintos e receptores, guardando informação na memória, sendo ela quem elabora as respostas;
  • Motora: são respostas à estímulos, como contração e/ou relaxamento de músculos, ou secreções hormonais, pois com a percepção do risco o corpo efetua a resposta.

Fase de alarme:

Na fase de alarme, os agentes estressores são captados pelo sistema periférico, conduzindo essa informação até o sistema nervoso central, na região do hipotálamo, que recebe o estímulo e entrega as respostas.

Leia também: Estresse térmico e produção de leite

O hipotálamo através dos impulsos nervosos, com a ação da medula espinhal e as fibras do sistema nervoso periférico autônomo simpático que enervam a medula da adrenal, glândula conhecida também como suprarrenal, é responsável por produzir a adrenalina, que aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial, dilatando os brônquios e mudando o fluxo sanguíneo para os músculos.

Fase de resistência:

Já na fase de resistência, o hipotálamo produz o hormônio liberador de corticotropina (CRH) que tem a função de chegar na hipófise, mais especificamente na adeno-hipófise e estimular a produção de corticotropina (ACTH). Essa ACTH produzida tem a função de chegar ao córtex da adrenal e estimulá-lo a produzir cortisol. O cortisol (também conhecido como glicocorticoide, por ter afinidade com glicose) tem a função de potencializar o corpo para responder ao estresse, atuando na quebra de proteínas, lipídeos, glicogênio e outros, para suprir o organismo de glicose, fonte de energia.

Assim que o cortisol é produzido, ativa-se um mecanismo de feedback negativo, ou seja, avisa para a hipófise que não necessita mais produzir o próprio cortisol, e avisa ao hipotálamo que não precisa mais produzir o CRH.

Fonte: Daniella Barauna

Fase de exaustão:

Na última fase, é quando o agente estressor é crônico, não há esse feedback negativo, e a produção de cortisol é permanente, fazendo o direcionamento da gordura para as regiões abdominais, catabolizando as proteínas que diminuem o ganho de peso, levando à exaustão física, comportamental e no caso dos animais de produção, há perdas significativas na produção, como baixa no sistema imune, falta de apetite e até mesmo transtornos reprodutivos.

Referências:

Conhecimento adquirido durante as aulas de Fisiologia Animal (2020.1) na Universidade Federal de Sergipe – UFS.

Redes sociais:

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