Quem são as abelhas sem ferrão?

Quando se fala em abelha logo se pensa na Apis mellifera, exótica e denominada como abelha africanizada. Essas abelhas são mundialmente conhecidas e de ampla utilização na produção de mel. Além disso, atualmente se possui conhecimento de cerca de 20 mil espécies de abelhas, entretanto há muitas à serem descritas.

Mas então quem são as abelhas sem ferrão?

As abelhas sem ferrão são aquelas pertencentes à tribo Meliponini e são solitárias, ou seja, não formam colmeia com operárias e rainha. A fêmea após a cópula é responsável por todas as demais funções podendo morrer (após depositar ovos) ou procurar um novo lugar para nova deposição. Essas abelhas habitam as regiões tropicais e subtropicais do planeta em que possui mais de 500 espécies conhecidas, o Brasil detém mais de 250 espécies descritas.

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Por que não possuem ferrão?

Basicamente essas abelhas não possuem ferrão por questões adaptativas. Possuem as estruturas de ferrão, porém não funcionais, ou seja, essas abelhas desenvolveram outras estratégias de proteção do seu ninho. Exemplos dessas estratégias seriam a deposição de ovos no interior de troncos em que dificulta o acesso de predadores e também o hábito de morder (possuem mandíbulas fortes). A abelha Tataíra, por exemplo, possui glândulas de ácido que após “cuspido” pode causar queimaduras.

Algumas abelhas pertencentes a tribo Meliponini

Curiosidades

Essas abelhas fazem potes de mel e não favos, como a Apis mellifera. Outro fato também é que existem abelhas que podem fazer seu ninho subterrâneo (em buracos pré-existentes), como exemplo: a abelha Feiticeira. O mel dessa abelha pode ser tóxico ao ser humano causando alucinações. No ninho das abelhas sem ferrão existe um estrutura chamada batume – que serve para isolar o ninho no tronco da árvore. Essa estrutura pode ser feita de materiais como barro e resina.

Referências:

EMBRAPA. Meliponicultura: criação de abelhas sem ferrão. Disponível em: https://ava.sede.embrapa.br/course/view.php?id=158#section-0. Acesso em: 26 mar. 2021.