Por que integrar lavoura, pecuária e floresta?

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A integração lavoura-pecuária-floresta é uma tecnologia desenvolvida no Brasil, com o principal objetivo de se realizar integrações, compartilhando recursos disponíveis através da inter-relação espacial e temporal, ou seja, cultivos agrícolas, florestais e produção animal em uma mesma área, ao mesmo tempo ou não.

Quais os benefícios?

A princípio, para o solo, a melhoria acontece em suas características físicas, químicas e biológicas. Para a pecuária, ocorre redução no custo de formação das pastagens, maior reposição de nutrientes (adubação) e maior conforto térmico para os animais. Para a agricultura, resulta a formação de cobertura morta para o plantio direto, elevação no teor de matéria orgânica do solo pelo pasto, maior aeração do solo e a quebra no ciclo de pragas e doenças. E para o meio ambiente, calha a redução no desmatamento, menor risco de erosão e por fim uma maior irrigação de gases do efeito estufa.

E se optar apenas por lavoura e pecuária?

A ILP não é uma tecnologia nova e seus conceitos há muitos anos estão em uso. Mas retoma força no país e no mundo, pela ineficiência dos atuais modelos pecuários e agrícolas. Os cultivos agrícolas somados com a produção animal também tem sido reconhecido como opção de sistema de produção onde se pode almejar, concomitantemente, intensificação e sustentabilidade.

Leia também: Saiba como implementar corretamente sua pastagem

Dentro da ILP há diversas alternativas de modo de cultivo:

Consórcio: a cultura agrícola e a forrageira encontram-se presentes ao mesmo tempo na área. Pode ocorrer naturalmente em função das espécies, consorciação de milho e Brachiaria, por exemplo. Nesses casos a semeadura deve ser feita em dias distintos ou em profundidades distintas.

Sucessão: a planta forrageira é implantada após a colheita da cultura anual de verão. Nesse método, as plantas não competem por espaço ou nutrientes, pois são plantadas na mesma área, mas em tempos diferentes. Porém, como há necessidade de um novo plantio, o investimento financeiro é o dobro, com maquinário e mão de obra.

Rotação: cultiva-se a lavoura de grãos por um ou mais anos, e após a colheita da última safra da cultura, faz-se a semeadura da planta forrageira. A pastagem é utilizada por alguns anos e posteriormente cultiva-se novamente a lavoura de grãos.

Referências:

Conhecimento adquirido durante as aulas de Forragicultura Geral (2020.1) na Universidade Federal de Sergipe – UFS.

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