Escore de condição corporal em bovinos de leite

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bovinos de leite

A princípio, sabe-se que o escore de condição corporal (ECC) desempenha importante função na avaliação da intensidade do balanço energético negativo (BEN). Então, o procedimento mais utilizado foi desenvolvido nos Estados Unidos, no qual segundo, o mesmo classifica vacas muito magras com escore 1 e vacas muito gordas com escore 5.

O primeiro registro de um sistema de avaliação subjetiva do escore de condição corporal foi realizado por Jefferies (1961). Duas décadas seguintes Lowan et al. (1986) adaptaram o sistema desenvolvido por aquele autor para utilização em gado de corte. Os primeiros sistemas de avaliação de ECC em bovinos leiteiros foram desenvolvidos por Earle (1976), na Austrália, e por Mulvany (1977;1981). Desde então, diversos outros sistemas de avaliação do ECC foram descritos na literatura (MARCONDES et al., 2019).

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Nesse sentido, ao realizar o procedimento a pessoa deve observar e atribuir escores, no qual variam de 1 (muito magra) a 5 (muito gorda), levando em consideração diferentes regiões do corpo da vaca, ou seja, devem ser avaliados os processos espinhosos e transversos das vértebras lombares, as tuberosidades do íleo e ísquio, bem como as transições íleo-sacrais e ísquio-coccígeos e a inserção da cauda.

Pontos de avaliação do escore de condição corporal

Figura 1- EducaPoint

A- Vértebra do meio do dorso;

B- Vista posterior do osso pélvico (corte transversal);

C- Vista lateral da linha entre os ossos ílio e ísquio;

D- Inserção da cauda (vista por trás);

E- Inserção da cauda (vista lateral).

Locais para avaliação do ECC

Figura 2- Agroceres Multimix

Para uma melhor avaliação da condição corporal é necessário que a mesma seja realizada, pelo menos, em quatro momentos durante o ciclo produtivo da vaca, sendo eles: na secagem, parto, pico de lactação e inseminação.

Nesse sentido, há valores de ECC recomendados para cada uma dessas fases como na tabela abaixo:

FaseECC idealIntervalo sugerido
Período seco3,002,75 a 3,25
Parto3,002,75 a 3,25
Início da lactação2,502,50 a 2,75
Meio da lactação2,752,50 a 2,75
Fim da lactação3,002,75 a 3,00
Novilhas em crescimento2,752,75 a 3,00
Novilhas ao parto3,002,75 a 3,25
Tabela 1- Fonte: (MARCONDES; ROTTA; PEREIRA, 2019.)

Considerações finais

Em geral, deve-se evitar que as vacas tenham escore muito baixo ou muito alto e que a perda ou ganho de escore ao longo da lactação não seja superior a 0,5.

Além disso, para a avaliação do ECC é preciso que a pessoa que irá executar a observação seja treinada, pois indivíduos com experiência tem a capacidade de analisar pequenas mudanças no ECC, além disso realizam a avaliação de forma bem mais ágil.

Referências:

MARCONDES, M. I.; ROTTA, P. P.; PEREIRA, B. de M. Nutrição e Manejo de Vacas Leiteiras. 1. ed. Viçosa-MG: UFV, 2019. v. 1. 236 p.

MARCONDES, M. I. et al. Nutrição e Manejo: de vacas de leite no período de transição. 1. ed. Viçosa-MG: UFV, 2019. v. 1. 56 p.

Fonte figura 1: EducaPoint/Escores de condição corporal. (Adaptado de A.J. Edmondson, I.J. Lean, C.O. Weaver, T. Farver and G. Webster. 1989. A body condition scoring chart for Holstein dairy cows . J. Dairy Sci. 72:68-78.)

Fonte figura 2- Agroceres Multimix: Avaliação de escore de condição corporal em vacas leiteiras

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