Chegada de leitões: Cuidados na maternidade

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O manejo na etapa pré-parto tem início na semana anterior à data prevista para a chegada dos leitões e inclui cuidados com o ambiente e a transferência da matriz para a maternidade, onde permanecerá durante o parto e lactação.

É importante que as instalações e equipamentos tenham sido limpos e desinfetados corretamente; os bebedouros devem estar com a vazão correta, que deve estar acima de 2 litros de água/minuto e, em termos de conforto térmico, deve-se oferecer uma temperatura na faixa de 18° – 20°C para a matriz e entre 30° – 32°C no escamoteador para os leitões.

Ao entrar na maternidade, a matriz deixa de receber a ração gestacional e passa a receber ração do tipo lactação, com intuito de maximizar a produção de leite, aumentando assim, as taxas de retenção de matrizes e peso da leitegada ao desmame. Lembrando que no dia do parto é recomendado uma redução na quantidade de ração ou manter a porca em jejum, viabilizando um maior conforto no momento do parto, facilitando a passagem dos leitões pelo canal vaginal e evitando que a fêmea venha a defecar, aumentando a contaminação dos leitões recém-nascidos.

Um parto normal, dura em média 2h30min à 3h, com um intervalo de até 25 minutos entre cada leitão. Os leitões devem ser secos imediatamente após o nascimento, seguindo-se dos cuidados com o cordão umbilical e logo em seguida, é de extrema importância a ingestão do colostro, garantindo certa imunidade aos recém-nascidos. É importante atentar-se aos animais menores que podem ser excluídos do acesso aos tetos, pelos maiores.

Durante a lactação, as exigências nutricionais da matriz são bem altas, já que é necessário garantir a maior taxa de sobrevivência e crescimento dos leitões e um bom desempenho reprodutivo pós desmame. Portanto, devem receber ração à vontade.

Dependendo da necessidade da leitegada, pode ser feito o manejo de uniformização, que consiste na transferência entre leitegadas, com o objetivo de uniformização dos grupos com leitões de peso e idade similar, aumentando as chances de sobrevidas e melhorando o ganho de peso. Os leitões devem receber suplementação externa de ferro entre o terceiro e quinto dia de vida, via intramuscular ou subcutânea. O ferro é responsável pela manutenção do nível de hemoglobina circulante no sangue, evitando assim, casos de anemia ferropriva, uma condição que pode determinar a ocorrência de baixo desenvolvimento, baixa conversão alimentar e maior predisposição a infecções secundárias.

Leia também: Colostro para leitões recém-nascidos

Algumas granjas realizam o desgaste ou o corte dos dentes dos leitões, para evitar lesões nos tetos da matriz ou até mesmo nos próprios filhotes, podendo vir a dificultar a alimentação dos mesmos. Esse manejo pode ser feito apenas na ponta superior dos dentes ou rente a gengiva; Suínos são animais curiosos e tendem a morder a cauda uns dos outros, desenvolvendo o canibalismo e como forma de evitar, algumas granjas adotam o corte do último terço da cauda.

A castração de suínos é uma técnica utilizada para que a carne desses animais não apresente sabor e odor desagradáveis, provocados pelas substâncias androstenona e escatol, que se acumulam na gordura desses animais. Essa prática deve ocorrer até a terceira semana de vida dos leitões, podendo ser escrotal: retirada dos testículos através de uma incisão no saco escrotal; ou inguinal: retirada dos testículos através de uma incisão entre o último par de tetas, na linha média.

Referências:

Manejo de Leitões do Nascimento ao Desmame, PUC-Goiás.
Ferreira, A. H. et al. Produção de Suínos Teoria e Prática, Brasília, 2014.

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