A morte embrionária em bovinos é um dos problemas mais impactantes na reprodução de um plantel de bovinos. Além de reduzir a eficiência reprodutiva de um rebanho, também é responsável por gerar prejuízos econômicos. A perda embrionária acontece principalmente entre o 7º e 16º dia, mas pode se estender até o 42º dia (após o 42º dia é considerado aborto).
Na maioria das vezes se obtém a fertilização, contudo, somente 50 a 55% dos animais inseminados uma única vez chegam a parir. Entre as falhas na gestação a absorção embrionária se destaca, representando cerca de 25 a 40% das interrupções gestacionais. As causas podem estar relacionadas com fatores genéticos bem como endocrinológicos, ambientais e por infecções.
Estresse Térmico
O conforto térmico das vacas é imprescindível para que haja uma boa gestação. A temperatura corporal adequada para bovinos é em média de 38,6ºC. O Brasil oferece aos rebanhos temperaturas elevadas boa parte do ano, assim afetando o comportamento animal e interferindo nos parâmetros fisiológicos.
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Essa problemática é muito comum em bovinos de alta produção leiteira e os animais tendem a ingerir maior quantidade de matéria seca para manter seus níveis produção, portanto exigem um metabolismo acelerado que gera mais calor.
A temperatura ambiente prejudica o desenvolvimento e a viabilidade embrionária e associado com a temperatura está a umidade relativa do ar, quando se encontra alta dificulta a dissipação de calor.
Monitoramento da Gestação
Monitorar a gestação é importante para que o produtor tenha o diagnóstico precoce e consiga realizar o tratamento adequado no animal. Esse acompanhamento antecipado é feito com ultrassonografia, dessa maneira as fêmeas retornam para uma 2º tentativa de concepção sem atrasar o período entre partos.
Com o ultrassom já é possível visualizar o embrião a partir do 28º dia após a fecundação, diferente da palpação retal que, apesar de ser o método tradicional, permite a visualização depois do 48º dia.
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