A amiréia é um suplemento nitrogenado, do qual é obtido através do processo de extrusão, a altas temperaturas e pressão, no qual ocorre uma mistura de fontes de amido e ureia. Sendo assim, há mudanças importantes, como exemplo, na redução de toxicidade, há melhoria na aceitabilidade e proporciona mais segurança em alimentos a base de ureia pelo rebanho.
Sabe-se que a ureia é uma boa fonte de nitrogênio não-protéico, no entanto, possui seu uso limitado devido a baixa conversão em proteína microbiana, por ser pouco palatável e ter alta toxidez aos animais não-ruminantes.
A amiréia extrusada no Brasil foi desenvolvida pela Universidade Federal de Lavras – UFLA, a partir da década de 80, no qual foi obtido um produto com base de amido com ureia, enriquecido com enxofre.
Processo de Extrusão
O amido e a fonte de nitrogênio, ao sofrerem o processo de pressão e elevada temperatura, sofrem com a gelatinização do amido e a estrutura da ureia é convertida em cristalina para uma não-cristalina, ou seja, a incorporação entre estes elementos e os processos realizados (pressão, temperatura) fazem com que o alimento se torne mais palatável e tenha melhor aceitabilidade – em comparativo com misturas não processadas, sejam elas em grãos ou fareladas.
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Desta maneira, a amiréia têm melhoria no manuseio, gerando bons compostos quando adicionada à outros alimentos, devido à redução no processo do teor de higroscopicidade produzida pela ureia (Bartley e Deyoe, 1975).
Ureia x Amiréia
São boas fontes de nitrogênio não-protéico que atuam na flora microbiana convertendo nitrogênio em amônia e posteriormente em proteínas. Agora, sobre o fornecimento ao animal, a ureia quando oferecida ao ruminante deve ser fornecida aos poucos até sua adaptação, para que não corra riscos de intoxicação. Já a amiréia pode ser considerada um produto mais seguro, pois a amônia é liberada lentamente na corrente sanguínea e os microorganismos do rúmen conseguem sintetizá-las com a produção das enzimas (urease). Ainda assim, seu fornecimento deve ser em conjunto com outros alimentos, como por exemplo, volumoso e mineral aditivado. Em média devem ser fornecidos 80 g/dia, sendo boa opção de substituição de outras fontes proteicas, como soja – sendo assim, a amiréia é uma boa opção na redução de custos.(1 kg de amiréia — 4,5 kg de Soja).
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O uso da amiréia é limitado pela quantidade de nitrogênio não-protéico na alimentação dos ruminantes, sendo estabelecidas exigências diárias de proteína bruta (33 a 35%) por fontes de nitrogênio solúvel e por NNP, de acordo com a disponibilidade de energia, para que tenha uma boa síntese de proteína no rúmen.
Enfim, fornecer uma alimentação balanceada, com níveis adequados de energia, carboidratos e minerais, podem proporcionar no decorrer do tempo um maior crescimento microbiano, melhorando assim a digestibilidade, o aumento do consumo de matéria seca e como consequência, elevação no crescimento e produção animal.
Referências:
PubVet.