Não é novidade que o Brasil é um grande produtor de proteína animal, e algumas culturas tem destaque, como a suinocultura e avicultura. A base da dieta desses animais e composta por ingredientes de origem vegetal, em especial o milho e soja, que produzimos em grande escala.
Atualmente busca-se alta produtividade aliada a sustentabilidade. Entretanto, há suinocultura e avicultura possui alguns desafios, um deles é a suplementação de alguns nutrientes em especial o Fósforo(P), e outro desafio que é o mais importante diz respeito a poluição(Eutrofização) dos rios e solos, devido o descarte irresponsável de dejetos, que são ricos em Fósforo fítico que não são absorvidos pelos animais.
Com isso, estudos recentes procuram formas de se gastar menos com suplementação de P, e melhorar o metabolismo do mesmo.
O P dos vegetais encontram-se na forma de fitato, uma molécula que em geral não esta biodisponível para animais monogástricos(Aves, Suínos) devido a ausência da enzima fitase, que é produzidas por alguns microrganismos.
O fitato ainda prejudica a digestão e a utilização de alguns íons, como Ca, Mg, Cu, Mn, Fe, Zn, isso porque o fitato se liga esses cátions formando complexos insolúveis.
A fitase age hidrolisando a molécula de fitato, no trato gastrointestinal, o P liberado pode ser usado como P inorgânico pelo animal e atuar nas diversas funções orgânicas. A enzima tem sua atuação ativa em pH 5, sendo muito sensível a variações de pH.
Assim, pesquisas e a utilização da enzima fitase exógena vêm demonstrando resultados positivos, reduzindo a necessidade de suplementação de P, e consequentemente reduzindo a concentração de P excretado nas fezes, além de auxiliar na biodisponibilidade dos demais minerais essenciais para o funcionamento normal do organismo.
Referências:
SCOTTÁ, B.A. et al. Utilização de fitase na alimentação de aves e suínos. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 2, Ed. 251, Art. 1660, Janeiro, 2014, In: http://www.pubvet.com.br/artigo/298/utilizacao-de-fitase-na-alimentacao-de-aves-e-suinos
REVISTA ELETRÔNICA NUTRITIME – ISSN 1983-9006 www.nutritime.com.br
Artigo 311 Volume 12 – Número 04– p. 4127 – 4139 Julho/Agosto 2015
IMPORTÂNCIA DA ENZIMA FITASE NA NUTRIÇÃO ANIMAL
Uma resposta
Parabéns Pedro