O Rami: uma forrageira alternativa na cunicultura

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O rami (Boehmeria nivea) pertence à família das Urticaceae, e se distingue de outros membros da família pela ausência de pelos urticantes, tendo-se originado nas regiões temperadas da Ásia Oriental e foi cultivado no Brasil, pela primeira vez, em 1884.

É uma excelente forrageira. Comparativamente, para cada hectare plantado o rami produz três vezes mais proteína que a alfafa e quatro vezes mais que a soja. Em média, os ponteiros do rami contêm 28% de proteínas, 21% de fibra ácida detergente, 6% de cálcio e 400ppm de ferro. 

Fonte: Coelho e Cia

Existe um grande número de variedades de rami, mas a mais indicada para a alimentação de animais é a Murakami, por ser precoce, de alta produtividade, de folhas grandes e carnudas, e graças ao seu elevado teor de proteínas e sais minerais, constituem excelente alimento de baixo custo.

Seu plantio é fácil, basta mantê-lo em local ensolarado e úmido, utilizando fileiras com espaçamento entre 40 e 50 cm, irrigação diária e adubação periódica (como qualquer outra forrageira). Seu desenvolvimento é rápido e o corte pode ser feito bem rente ao chão quando atingir 1 (um) metro de altura. 

O rami possui excelente aceitação pelos coelhos, porém, ao ministrá-lo na forma in natura deve-se realizar um murchamento prévio à sombra, promovendo sua desidratação, isto evita a ocorrência de diarreia devido à grande quantidade de água e alta taxa de ingestão pelos animais. Alguns trabalhos avaliaram a inclusão de 45% de farinha de rami na ração de coelhos, e os resultados foram positivos.

De maneira geral, o rami pode ser fornecido em pequenas quantidades, como forma de enriquecimento ambiental para os coelhos. Porém, a base da dieta desses animais continua sendo a ração peletizada de boa qualidade, pois somente a ração contém todos os nutrientes necessários para um desempenho máximo. O rami também pode fazer parte da alimentação como um ingrediente da ração, ou seja, estar misturado junto aos componentes do pélete. 

CURIOSIDADE: A princípio, era utilizado exclusivamente como matéria-prima para a confecção de tecidos, fios, cordas e tapetes, além de uma infinidade de outros produtos e subprodutos. Trata-se de uma fibra lustrosa como a seda, mais fresca e absorvente que o linho, fácil de ser lavada como o algodão; não encolhe, não alarga e não desbota com a passagem do tempo, sendo mais resistente que a do cânhamo e mais forte que a do nylon.

Referências:

https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/270446/cultura-do-rami-no-agreste-nordestino

http://www.coelhoecia.com.br

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