Alternativas para controle e tratamento de dejetos na Suinocultura

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A Suinocultura no Brasil vem se intensificando nos últimos 50 anos, fato esse que se deu com o aumento da população mundial, aumentando também a demanda por alimentos, sendo estes produzidos com qualidade. Formando e moldando toda uma cadeia produtiva, onde a mesma deve-se atender a legislação, sanidade, nutrição e o compromisso com o meio ambientais.

Assim, a suinocultura é uma atividade que tem grande importância econômica e social em diversos países. No entanto, a criação de suínos gera uma grande quantidade de dejetos que, se não forem tratados adequadamente, podem trazer problemas ambientais e de saúde pública.

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Constituição dos dejetos suínos:

Os dejetos são constituídos de esterco, urina, resíduos de ração e água. Em que sua composição e quantidade variam de acordo com o manejo adotado, assim como índices zootécnicos (tamanho, peso, raça), ambientais (temperatura e umidade) e dietéticos (digestibilidade, conteúdo de fibra e vitamina). Em média um suíno produz cerca de 7 litros de dejetos por dia, equivalente à produção de esgoto de cinco pessoas. 

Uso da água na suinocultura:

Existem alguns cuidados ambientais que exigem grande atenção na suinocultura, como o uso da água, sendo este um recurso escasso e finito, além de esta atividade ter uma grande demanda por este recurso. Dessa forma, é imprescindível a adoção de alternativas para o uso racional da água. Entre as medidas mais adotadas para economia de água na suinocultura, há menções sobre a racionalização da dessedentação, reutilização da água das lagoas de tratamento e o aproveitamento da água da chuva. Ambas vêm sendo adotadas cada vez mais nesta atividade, possibilitando a economia e redução do uso desse recurso.

Influência do trato digestivo

O trato digestivo dos suínos tem uma grande influência na quantidade e na qualidade dos dejetos gerados por esses animais. Os suínos são animais monogástricos, ou seja, possuem apenas um estômago, onde ocorre a digestão inicial dos alimentos. Dessa forma, o trato digestivo dessa espécie é eficiente na extração de nutrientes dos alimentos, em que a quantidade gerada é relativamente menor em relação aos ruminantes. Porém, um fato determinante é a qualidade desses dejetos gerados, sendo que como resultado há uma grande concentração de nutrientes, como o nitrogênio e fósforo nos mesmos.

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Estratégias para a redução de dejetos na suinocultura

Para controlar os dejetos na suinocultura, é necessário adotar estratégias que visem a redução da quantidade de resíduos gerados, a sua correta disposição e o seu tratamento adequado. Algumas das estratégias mais importantes são:

  • Redução da quantidade de dejetos gerados: Para isso, é importante adotar medidas que visem melhorar a eficiência alimentar dos suínos, evitando o desperdício de alimentos e a geração de resíduos. Além disso, é importante adotar práticas de manejo que reduzam a produção de dejetos, como o uso de sistemas de cama sobreposta e o controle da densidade de animais por área.
  • Coleta e armazenamento adequado dos dejetos: A coleta dos dejetos deve ser feita de forma regular e adequada, evitando que haja acúmulo de resíduos nas instalações dos animais. Além disso, é importante que os dejetos sejam armazenados em locais adequados, como tanques ou lagoas de armazenamento, para evitar a contaminação do solo e dos recursos hídricos.
  • Tratamento dos dejetos: O tratamento dos dejetos é essencial para minimizar os impactos ambientais da suinocultura. Existem diversas tecnologias de tratamento disponíveis, como biodigestores, lagoas aeróbicas e sistemas de compostagem. A escolha da tecnologia mais adequada deve levar em consideração as características da propriedade, a quantidade de dejetos produzidos e as condições climáticas da região.
  • Uso dos dejetos tratados: Os dejetos tratados podem ser utilizados como fertilizante para as culturas agrícolas, contribuindo para a redução dos custos com adubação e para a melhoria da qualidade do solo. Além disso, o uso dos dejetos como fonte de energia renovável também pode ser uma alternativa interessante, por meio da produção de biogás em biodigestores.

Em resumo, o controle dos dejetos na suinocultura exige a adoção de estratégias que visem a redução da quantidade de resíduos gerados, a sua correta disposição e o seu tratamento adequado. Essas medidas não só contribuem para a preservação do meio ambiente, mas também para a melhoria da saúde e bem-estar dos animais e dos trabalhadores envolvidos na atividade.

Referências bibliográficas

Impactos ambientais da suinocultura: desafios e oportunidades – BNDES Agroindústria. Disponível em: Produção, Tratamento e Uso dos Dejetos Suínos no Brasil – desenvolvimento em questão. 2015, pag. 127-145.

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