Ureia Agrícola x Ureia Pecuária

Faça parte da comunidade Zootecnia Brasil! Inscreva-se!

O Zootecnia Brasil não envia anúncios ou e-mails em excesso.

Junte-se a 1.000 outros assinantes

A ureia é um produto do qual tem por objetivo fornecer nutrientes para o solo, apesar disso, ela também pode ser fornecida aos ruminantes em épocas de estiagem, ou seja, quando as pastagens têm uma baixa qualidade proteica, além disso, possui em torno de 45% de nitrogênio, dessa forma, vale mencionar que existem dois tipos de ureia comum: ureia agrícola e a ureia pecuária.

ureia pecuária

A ureia agrícola é um fertilizante nitrogenado, solúvel em água, em que é usado com o intuito de aumentar a produtividade das culturas, nesse viés, há aditivos na sua composição. Ainda assim, tem um valor mais em conta, quando comparado com a ureia pecuária.

Leia também: Por que dar ureia para o gado?

Agora, por sua vez, a ureia pecuária é legalizada pelo MAPA para ser usada na alimentação animal, tem um alto nível de pureza, sendo uma fonte de nitrogênio não proteico (NNP), assim, é degradada no rúmen por bactérias em substituição a proteína verdadeira, ou seja, o NNP é um substrato para as bactérias e a proteína microbiana que é absorvida pelo animal. Ainda assim, ela deve ser fornecida juntamente com outro produto como o sal mineral e/ou cana-de-açúcar, visto que, as bactérias do rúmen necessitam de energia e de proteína para ter uma maior produção de proteína microbiana, sendo assim comum ser ofertada em períodos de baixa qualidade de forragens.

Os animais que forem consumir ureia devem passar por um período de adaptação, não devendo exceder a quantidade de 30g/100 kg de peso do animal/dia, ainda assim, é imprescindível que o produto esteja armazenado de forma correta, para evitar contaminações e que seja bem homogeneizado.

A intoxicação ocorre quando as bactérias do rúmen não estão adaptadas, ou quando é fornecida uma quantidade acima do limite, assim elas não conseguem usar toda amônia presente, o excedente vai para corrente sanguínea e por fim no fígado, onde há tentativa de converter amônia (tóxica) para ureia (não tóxica). Ainda assim, parte da ureia convertida no fígado é eliminada via urina e outra volta para o rúmen via saliva/sangue. Os animais intoxicados apresentam sintomas, como: tremores musculares, convulsões, salivação, tetania, infertilidade, etc.

Em síntese, é importante enfatizar que a ureia pode ser considerada uma boa alternativa de proteína, ainda assim, o fornecimento da ureia deve ser de forma gradativa, durante o período de adaptação, não devendo ultrapassar a quantidade máxima, visto que, podem ocorrer intoxicações e em casos severos, levar à morte do animal.

Referências:

Posso usar ureia agrícola na alimentação de bovinos?

Diferença entre os tipos de ureia: qual usar na pecuária?

ADMINISTRANDO UREIA EM RUMINANTES: ENFOQUE CLÍNICO E NUTRICIONAL. Introdução. [s.l: s.n.].

SILVA, P. G. Ureia protegida na alimentação de ovinos. Repositorio.ufu.br, 2023.

Deixe uma resposta

Compartilhar

Share on facebook
Facebook
Share on linkedin
LinkedIn
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp

TAMBÉM QUER SEU ANÚNCIO AQUI? ENTRE EM CONTATO

Translate »