
A verminose gastrointestinal é um problema de relevância na criação de ruminantes, especialmente os pequenos – ovinos e caprinos. Elevados números de mortes e descarte de animais são evidenciados todos os anos por conta deste problema de ordem sanitária. Dentre as diferentes espécies de helmintos encontradas, temos o Haemonchus contortus, helminto de hábito alimentar hematófago, suga o sangue do animal e ocasiona lesões nas paredes do abomaso, local onde fica localizado, levando o animal a desenvolver casos anêmicos e de hipoproteinemia.
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O controle dos helmintos gastrointestinais ainda é feito em sua maioria pela utilização de produtos químicos, em quantidades demasiadas sem ter conhecimento sobre as características reais da infestação. O uso de sub ou superdosagens, troca acentuada de princípios ativos sem necessidade, vermifugações em todo o rebanho e não apenas nos animais acometidos são manejos comuns, utilizados em inúmeras propriedades, embora não recomendados.
Os químicos são potentes quando o assunto é combate das infestações, todavia, apresentam inúmeros pontos negativos. Resistência helmíntica, contaminação do meio ambiente e dos produtos produzidos (carne, leite) e altos custos com a compra dos produtos são motivos que reforçam a necessidade da utilização de novos produtos.
Os compostos naturais, produtos oriundos da natureza como plantas, óleos, sementes e demais apresentam uma composição química rica em ativos com potencial efeito anti-helmíntico. Diversas são as plantas com efeito comprovado no combate aos helmintos gastrointestinais, diminuindo os custos de produção e garantindo animais saudáveis e livres de contaminação e problemas secundários.
Todavia, seu uso ainda é questionável.
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As pesquisas vêm evoluindo conforme o passar dos anos na busca pelo isolamento de compostos específicos, estes com efeitos comprovados e viabilidade de utilização. Portanto, o que se recomenda é que o uso de ambos seja realizado com parcimônia. Combinações são bem-vindas quando se objetiva uma produção sustentável, uma vez que exterminar totalmente o uso dos químicos é praticamente impossível e inviável pensando no processo produtivo como um todo.