O pós parto é uma fase complexa para vacas, principalmente indivíduos de alta produção leiteira. É um momento delicado pois há aumento na produção de leite além de ser um momento de alto comprometimento a saúde do animal.
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Esses fatores interferem na eficiência reprodutiva, dessa forma reduz as taxas de concepção, atrasando a primeira IA pós parto, maior intervalo entre partos.
Entre as doenças que prejudicam a sanidade animal no pós parto está a Metrite, é uma inflamação na parede do útero, resultado de uma infecção bacteriana. Comumente notada após um parto distócico ou uma infecção exógena.
A metrite pode ser precursora de outras doenças do pós parto como cetose, deslocamento de abomaso. A principal bactéria responsável pela contaminação é a Trueperella pyogenes, porém também pode estar em conjunto com outros microrganismos.
O útero se torna um ambiente adequado para o desenvolvimento das bactérias. Os motivos que proporcionam esse alto índice são: a imunidade da vaca recém parida ser facilmente comprometida e a alimentação inadequada que dificulta a involução uterina.
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A Metrite puerperal tende a ocorrer duas semanas após o parto da fêmea, com maior concentração de casos logo na primeira semana. Tem como características uma coloração amarronzada fétida com aspecto aquoso. Quando passa a ser aguda, tem mais sintomatologia, por exemplo a febre.
Outros casos que podem desencadear a Metrite é a expulsão de natimortos, nessa circunstância a maturação e a eliminação da placenta é comprometida. Consequentemente aumentando as chances de retenção de placenta gerando maior contaminação.
Quando a vaca desenvolve hipocalcemia aguda sabe-se que há influência através da menor ação da células de defesa.
As doenças do puerpério alteram o desenvolvimento reprodutivo dos animais reduzindo principalmente a fertilidade da vaca.
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