Raças ovinas produtoras de lã

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Dando continuidade à série sobre as raças, hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a produção de uma matéria prima que para os ovinos serve como isolante térmico (entre outros atributos) e para nós aconchego e aquecimento (e algumas curiosidades a mais).

As raças ovinas produtoras de lã, contrariando algumas crenças populares, podem ser criadas em praticamente todas as regiões do país, exceto em locais muito úmidos. Tal situação poderia fazer o material produzido perder qualidade.

No entanto, devido a traços culturais, no Rio Grande do Sul o estabelecimento da ovinocultura ocorreu no início do século XX com a valorização da lã no mercado internacional. A lã era o principal produto da ovinocultura e esse mercado estava em expansão mundialmente.

Leia também: Raças ovinas produtoras de pele

Porém, no final da década de 80 ocorreu a crise da lã, causada pelo aumento dos estoques de lã da Austrália (Viana, 2008). Em uma manobra buscando tentar regular o preço do produto, o país que era o principal produtor mundial na época, estocou seu produto, desafiando os consumidores a pagarem preços mais altos. No entanto o mecanismo de proteção comercial desenvolvido baseado em grandes compras e vendas, não funcionou. Pelo contrário, fez os consumidores contestarem e deixar de utilizar o produto.  

Os altos preços contaminaram centros produtores de lã e os consumidores deslocaram-se para o consumo de produtos de confecção a base de algodão e sintéticos, fazendo com que o cenário da ovinocultura mundial e no Brasil fosse alterado. Junto a este fator também se destacam alguns acontecimentos relevantes na década de 90, que contribuíram como alavanca para a crise, podendo ser citado o colapso na União Soviética (URSS), as crises da Europa Ocidental e Japão e a crise econômica na China e Ásia – os quais atuaram com a diminuição da demanda internacional e em partes justificando o aumento dos estoques da Austrália (Nocchi, 2001).

Como as exportações diminuíram expressivamente, as cooperativas foram desaparecendo e assim houve a retirada do crédito subsidiado à ovinocultura. Esta crise provocou diminuição dos rebanhos ovinos, além da queda do preço do produto (lã), o que levou produtores a abandonar a ovinocultura e buscar outras atividades. No entanto, os que não quiseram abandonar a atividade ainda estão reestruturando seus rebanhos e passando então a trabalhar com raças de dupla aptidão. Uma vez que na história a lã já foi o principal produto gerado pela produção, hoje observa-se um cenário priorizando a produção de carne como principal atividade.

Produção brasileira

O Brasil registrou, segundo a PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal), um crescente aumento no rebanho efetivo brasileiro nos últimos anos. No entanto, podemos observar a redução da produção de lã (gráfico 1). 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Pesquisa da Pecuária Municipal, 2017 a 2020.
Gráfico 1 – Avaliação da evolução do rebanho efetivo brasileiro versus a redução da produção de lã

A produção de lã é basicamente concentrada na região sul do país, mais especificamente no Rio Grande do Sul, sendo responsável pela produção de aproximadamente 7 mil toneladas, correspondente a 98,9% da produção nacional de lã ovina. E segundo Edemundo Gressler, presidente da ARCO (Associação Brasileira de Criadores de Ovinos), a maior parte já possui endereço certo, o Uruguai. Apenas 30% é absorvida pelo mercado interno.

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Sobre o fio produzido, as raças se distinguem principalmente pela espessura da lã (micras), quanto mais fino, mais valorizado. Essas fibras mais finas são consideradas frias e geralmente utilizadas na confecção de ternos, blazers, entre outros bens, por se adaptar tanto ao frio quando ao calor.

E consequentemente quanto mais grosso esse fio, menor é o valor pago pelo mercado, no entanto essa lã ainda pode ser utilizada para produções, por exemplo, de jaquetas mais rústicas e tapeçarias. Dito isso, ainda vale lembrar que não é apenas a genética que favorece a qualidade do produto – nutrição, sanidade e manejo são processos determinantes para os fins desejados.

O preço oscila muito de região para região e não foi encontrada uma fonte fixa para demonstração dos valores, apenas relatos de mercados locais. Com isso, o preço médio relatado pelos produtores variou conforme a Tabela 1.

Tabela 1 – Relato de produtores em relação ao valor pago pelo quilo da lã e uma especulação para o ano de 2018.

Raça2012
(R$/Kg)
2013
(R$/Kg)
2017
(R$/Kg)
2018
(R$/Kg)**
2019
(R$/Kg)
2021
(R$/Kg)
Média
Merino Australiano*111225,5342016,519,83
Ideal8,510151211,37
Corriedale910 a 131269,62
Fonte: Globo Rural (2017 e 2018), Jornal Gigital GZH (2012 e 2013) e Alegrete Tudo (2019 e 2021)
 * Mais valorizada devido maior qualidade de fios.
** Especulação de mercado

E caso você tenha ficado em dúvida quanto a rentabilidade da atividade, fica aqui o relato que o produtor Paulo Sergio Soares, deixou ao Globo Rural: “Isto aí, para uma ovelha que produz 4 a 5 kg de lã, se torna muito rentável porque, com esse valor arrecadado, se paga todo o custeio desta ovelha durante o ano.”

Algumas propriedades da lã

Como já mencionado na chamada, a lã é considerada um isolante térmico. O que muitos não compreendem é que essa característica serve tanto para o frio como para o calor, ou seja, na mesma medida que protege das baixas temperaturas, faz com que o animal consiga se manter em locais de calor intenso. Essa é uma das características que faz com que esse seja um animal encontrado em quase todas as regiões do mundo.

Essa habilidade de adaptação vem de uma característica conhecida como capacidade higroscópica, a qual faz com que as mudanças no conteúdo de água da fibra liberem ou absorvam calor. Quando a lã absorve umidade, automaticamente ela libera calor, assim como ao perder umidade, absorve calor. Portanto, ela absorve vapor de água do corpo ou do ar, formando uma interfase de ar seco, atuando como isolante térmico (Vieira, 1967 e Gea, 2007).

Outra propriedade importante é sua espessura (finura da fibra), inclusive é através dela que se da a remuneração quando avaliado a qualidade dessa fibra e do velo. Quanto menor a micragem da lã, maior a qualidade dela.

Para termos uma noção melhor dessa espessura, a Figura 1 faz uma comparação entre uma fibra considerada fina a um fio de cabelo humano.

Figura 1 – Comparação entre uma fibra considerada fina (A) e um cabelo humano (B).

De acordo com os padrões internacionais de comercialização da lã, esta sempre tem sua finura medida em micras e seu comprimento medido em milímetros. Sendo assim, micragem é a unidade de medida usada para a caracterização da lã, podendo variar de 14,5 a 38 (ARCO e Miranda e McManus, 2000).

Curiosidades

A lã é considerada um elemento não inflamável. Devido essa resistência ao fogo é muito utilizada para forrar assentos de aviões.

Devido ao seu poder higroscópico, impede a eletricidade estática. Com isso atenção se estiver pensando em utilizar cerca elétrica em sua propriedade, se ela não for instalada na altura correta e da forma correta, suas ovelhas não vão parar no piquete.

Devido à formação de uma interfase ar-fibra, consegue absorver ruídos, absorvendo de 40% de sons com frequência baixa e 98% de frequência alta (Vieira, 1967).

A fibra da lã possui uma capacidade elástica alta, com isso, se for esticada até mais de 50% do seu comprimento, ela consegue voltar ao formato original (Figura 2), sendo essa uma das características escolhidas durante a fabricação de malhas e tecidos. Lembrando, quanto mais crespa for a fibra, maior a elasticidade do fio e para quem trabalha com artesanatos, maior a probabilidade do seu trabalho crescer no final.

Figura 2 – Demonstração didática da elasticidade da fibra de lã.

Possuem lipídeos internos com alto conteúdo de ceramidas, utilizadas para fins medicinais em produtos para tratamento e cuidados com a pele. Estes lipídeos formulados como lipossomos potencializam o efeito protetor e melhoram a hidratação da pele sadia, acelerando a reparação da função protetora da pele lesionada (CSIC BIO022, 2008; CSIC BIO023, 2008).

Principais raças produtoras de lã

Sobre as características raciais, nada melhor do que uma boa fonte para explicar com maior clareza, então para fins de referência, as informações raciais foram retiradas do site da ARCO – Associação Brasileira de Criadores de Ovinos.

Lembrando que aqui vamos falar apenas das principais raças, caso queira mais informações sobre alguma raça não listada aqui, por favor acesse o site da ARCO ou nos deixe como sugestão nos comentários.

MERINO

O Merino Espanhol é considerado um dos ovinos domésticos mais antigos de todos os conhecidos, e é descendente de um ovino selvagem primitivo natural da Ásia Menor, o Ovis arkal.

A partir do século XVIII o Merino Espanhol foi o tronco de origem das numerosas raças Merinas desenvolvidas em diversos países: Merino Electoral (na Alemanha), Merino Negrette (na Austria­Hungria), Merino Rambouillet (na França), Merino Vermont, Delaine e Rambouillet Americano (na América do Norte), Merino Argentino (na Argentina), Merino Uruguaio (no Uruguai) e finalmente o Merino Australiano (na Austrália). Em 1794 foram introduzidos na Austrália 26 Merinos Espanhóis, provenientes da Colônia do Cabo (África do Sul).

Os magníficos resultados obtidos com estes primeiros Merinos fomentaram a importação, em maior escala, de Merinos Negrette e Electoral, e em menor escala o Rambouillet e posteriormente o Merino Vermont (excessivamente enrugado). Admite-se que na formação do atual Merino Australiano participaram: Merino Espanhol 25%, Merino Vermont 40%, Merino Electoral e Negrette 30% e Merino Rambouillet 5%.

PADRÃO RACIAL

Cabeça: Comprida e bem desenvolvida. Focinho forte, no macho apresenta de 2 a 4 rugas transversais na parte superior. Boca relativamente pequena com lábios fortes e rosados, livres de pigmentos escuros. Morro largo, com narinas abertas e mucosas rosadas. Cara livre de lã, coberta de pelos finos, brancos, suaves e brilhosos.

Chifres: Originalmente é uma raça aspada, mas somente o macho ostenta chifres. Existe uma variedade mocha, que com exceção dos chifres, todas as outras características são iguais. A variedade mocha tem que ser completamente isenta de chifres, até mesmo de rudimentos. Na variedade aspada os chifres são grandes com base triangular, grossura média e em espirais relativamente abertas, implantados a boa distância entre si, dando lugar a uma nuca larga. Os chifres apresentam ainda ondulações em toda a extensão, com âmbar e completamente livre de estrias de outras cores.

Pescoço: Forte e moderadamente curto, bem inserido ao corpo e a cabeça, que mantém pouco acima da linha dorso lombar.

Apresenta rugas na pele, que formam 3 a 4 grandes babados típicos, que caem até o peito formando os “aventais” ou babeiros.

Corpo: Com tendência a ser cilíndrico, com caixa torácica comprida, estreita e pouco profunda. Peito de largura mediana e profundo. Paletas levemente convergentes em direção as cruzes, que são estreitas e altas. Costelas pouco arqueadas. Linha superior, formada pelas cruzes, dorso e lombo não é muito reta, mas deve manter um mesmo plano. A garupa é comprida e um pouco inclinada. Paletas, quartos e lombo não apresentam músculos volumosos. A conformação do corpo é a de um animal tipicamente produtor de lã, sem o acabamento das raças carniceiras.

Membros: São compridos, com ossos fortes, mas não muito grossos, dando a impressão que o animal é muito alto, principalmente quando está com a lã muito curta. Os aprumos são bons, sem apresentar a correção das raças de carne. O afastamento entre as patas dianteiras entre si, não é muito grande. O mesmo acontece com as patas traseiras. Devem apresentar bastante afastamento entre as patas dianteiras e traseiras. Os cascos são relativamente pequenos e de cor amarelo claro.

Velo: Possui características especiais: muito pesado, denso, compacto e uniforme em todas as regiões do corpo. Cobre totalmente a superfície do corpo, parte da cabeça e membros, estendendo-se até bastante abaixo dos joelhos e garrões, sem chegar aos cascos. As mechas têm forma quadrada, ado quinadas. O peso do velo varia de 10 a 15 kg nos carneiros racionados, chegando até a valores bem mais elevados. Nos carneiros a campo atinge de 6 a 8 kg. As ovelhas de plantel produzem velos com 5 a 6 kg, sendo que as de rebanho geral atingem 4 kg ou mais.

Lã: O diâmetro médio das fibras de lã varia de 16 a 26 micrômetros, o que corresponde na Norma Brasileira de Classificação da Lã Suja a finura que vão desde a Merina até a Prima B, e na escala inglesa de Bradford oscila de 80´s a 58´s. Os ovinos desta raça podem agrupar-se em três tipos, em função da finura de lã produzem.

TIPODIÂMETRO DAS FIBRASFINURAS CLAS. BRAS.BRADFORD
Tipo fino16 a 20 micMerina80´s
Tipo Médio20 a 22 micMerina64´s a 60´s
Tipo forte23 a 26 micAmerinada
Prima A a Prima B
60´s a 58´s
Figura 3 – Demonstração da lã Merino

Os tipos finos e médios constituem a maior parte da produção das ovelhas de rebanho geral e de plantel. Os machos pais de cabanha geralmente enquadram-se dentro do tipo forte e médio. As mechas apresentam muita suavidade ao tato, coloração de um branco característico, com suarda fluídica incolor. O comprimento de mecha oscila entre 8 e 10 cm, sendo neste sentido uma exceção considerando a sua finura. Alguns exemplares ultrapassam estes limites. Além da coloração e suavidade ao tato, é também muito típico da raça o “caráter” da lã, que é evidenciado através de ondulações muito acentuadas e uniformes em todo o velo. As ondulações são numerosas, atingindo 12 a 15, ou mais, em 25 milímetros de comprimento de mecha.

AptidõesDefeitos desclassificatórios
Produtora de lã fina por excelênciaFalta de densidade do velo, com pouco peso de lã
Lã de grande qualidade e valor industrialFalta de densidade de cobertura no lombo e dorso
Elevado grau de rusticidade e adaptabilidade em regiões pobres, clima desfavorávelFalta de densidade de cobertura de lã na barriga
Longeva, produzindo economicamente ate idades avançadasLã áspera
Não se adapta bem a campos úmidos e baixos.Presença de pelos ou de lãs muito meduladas em qualquer parte do velo
Os cordeiros são bastante vulneráveis ao nascerem, tem pouca cobertura de lã e muito pouco tecido adiposoManchas de lã pretas ou marrons em qualquer parte do velo
Os machos do tipo médio e forte, quando bem alimentados podem produzir capões pesados.Suarda muito carregada, muito amarela
 Malformações bucais
 Defeitos de aprumos que comprometam o bom desempenho do animal

IDEAL (POLWARTH)

O Ideal é originário da Austrália, onde é também conhecido pelo nome de Polwarth.

Desde algum tempo já eram conhecidos e muito apreciados os cruzamentos alternativos entre Merinos, Lincoln e Leicester, com a finalidade de obterem um ovino que mantivesse sempre 3/4 de sangue Merino e com aptidões desejadas. É considerada como data de formação da raça Ideal o ano de 1880.

O Ideal é uma raça orientada mais no sentido da produção de lã, portanto, com mais ênfase para os caracteres laneiros. É uma raça de duplo propósito, de lã fina, sem especificações de porcentagens. É um ovino de porte médio, bem constituído, denotando vivacidade e vigor, ostentando um velo volumoso, apresentando conformação bem equilibrada e denotando bem suas aptidões de rusticidade e produção de lã fina.

PADRÃO RACIAL

Cabeça: De tamanho mediano um pouco alongada, sem ser estreita nem pontiaguda é um pouco erguida, dando ao animal um aspecto vigoroso.

Deve ser coberta de lã de boa qualidade até a linha média dos olhos, formando um abundante topete, mas que de maneira alguma prejudique a visão, a cara é completamente desprovida de lã, coberta de pelos brancos suaves e brilhosos, devendo ainda ser larga e de bom comprimento.

O focinho, ou morro, deve ser largo com narinas amplas de cor rosada, igual aos lábios, tolerando-se somente pequenas e poucas manchas pretas ou marrons devendo ter orelhas implantadas horizontalmente, com leve inclinação para trás, guardando boa distância entre si (com isso dando lugar a uma nuca ampla) e devendo ainda serem de tamanho médio e cobertas de pelos brancos, finos e suaves ou de lã curta tolerando-se apenas pequenas e escassas manchas pretas ou marrons.

É preferível que as pálpebras e adjacências estejam livres de pigmento escuros e ainda que qualquer parte da cabeça que não for coberta de lã, com exceção das narinas, lábios e pálpebras, deverá ser revestida de pelos brancos, finos, suaves e sedosos.

Chifres: Não possui chifres, tanto o macho quanto a fêmea, porém são admissíveis (mas não desejáveis) pequenos botões desde que não sejam fixos no osso.

Pescoço: De comprimento proporcional ao animal, musculoso e de acordo com o aspecto vigoroso da raça, bem unido a cabeça e ao tronco, deve estar coberto de pele lisa ou com pequenas rugas, mas livre de colares, entretanto, pode apresentar uma prega longitudinal no bordo inferior, desde a garganta até o peito.

Corpo: O Ideal tem como objetivo principal a produção de lã fina de grande qualidade, entretanto não pode ser descuidada a sua aptidão carniceira, portanto, deve ter um tronco comprido, largo e profundo, com costelas arqueadas e não deverá ter reentrância entre paletas e costilhares.

O dorso, lombo e garupa devem formar uma linha em um mesmo nível e desvios da coluna, dando origem a animais com lordose, cifose ou escoliose são considerados defeitos graves.

Membros: Paletas em linha com o costilhar e unidas em uma cruz de boa amplitude, tendo harmonia com o peito, pescoço e aprumos dianteiros. Tem musculatura muito boa para um animal laneiro.

Velo: Volumoso, denso, extenso, com um exterior parelho, muito uniforme quanto a finura, bom caráter e comprimento de mechas.

Nos carneiros de plantel atinge 8 a 10 kg (sendo comum pesos bem superiores em animais de galpão) e nas fêmeas de plantel quando bem alimentadas produzem velos de 5 kg (sendo que já se constatou velos com 9 a 10 kg em borregas de cabanha).

Nas fêmeas de rebanho geral a média de produção é de 3,5 kg, entretanto existem rebanhos de alta seleção e bem manejados em que são atingidas média de 4,5 kg.

Lã: O diâmetro médio das fibras de lã dos ovinos desta raça varia de 19 a 26 micrômetros, o que de acordo com a Norma Brasileira de Classificação de Lã Suja corresponde às finuras Amerinada, Prima A e Prima B e na escala de Bradford corresponde de 62´s a 58´s.

De acordo com o Padrão da Raça as finuras do Ideal são PRIMA A e PRIMA B, tolerando-se a finura Amerinada para fêmeas e o comprimento da mecha (com um ano de crescimento) é de 12 a 13 cm, não sendo aceito nunca menos de 10 cm. É uma lã de grande suavidade ao tato, devem ser de cor branca, com suarda translúcida e fluídica e bem distribuída, tendo rendimento ao lavado superior a 73% e ainda apresenta muito bom carácter, com cerca de 10 a 15 ondulações para 25 milímetros de comprimento de mecha.

AptidõesDefeitos desclassificatórios
Raça rústica, prolífera e sóbriaConstituição débil
Produz bem no sistema extensivoPorte muito reduzido
Lã de grande qualidade e valor industrialMechas de lã muito curtas
Em boas condições de alimentação produz um bom cordeiro para abateFalta de densidade de cobertura da lã no dorso, lombo e barriga
 Presença notável de pelos ou de lã muito meduladas em qualquer região do velo
 Acentuada desuniformidade de finura da lã entre diferentes regiões de velo
 Suarda muito amarelada, granulosa e mal distribuída
 Velos que até a “meia lã” aparecem cobertos por uma camada de pelos de maior diâmetro que as fibras de lã e que as ultrapassam dando a impressão de velos peludos
Cascos pretos

CORRIEDALE

O Corriedale originou-se na Nova Zelândia, onde eram comuns os cruzamentos alternativos entre ovinos Merinos, Romney Marsh, Lincoln e Leicester com a finalidade de produzirem animais com boa produção de lã de finura média, com comprimento de mecha desejável e de carcaças de bom peso e qualidade.

Em 1879 o ovinocultor James Little (em seu estabelecimento denominado “Corriedale” situado na Nova Zelândia) com a finalidade de produzir um ovino de dupla aptidão (carne e lã), escolheu 4.000 ovelhas puras Merinas e as acasalou com 100 carneiros puros Lincoln. Da produção destes acasalamentos James Little selecionou 1.000 fêmeas e 20 machos, acasalou-os e na produção obtida fez uma rigorosa seleção apartando somente os animais cujos caracteres correspondiam plenamente a um ovino de dupla aptidão que apresentasse um equilíbrio de 50% carne e 50% lã.

Através de consanguinidade e seleção ele fixou o tipo zootécnico e racial que havia programado, outros criadores visando os mesmos objetivos de James Little fizeram cruzamentos do Merino com Leicester e Border Leicester, no entanto admite-se que o atual Corriedale, além de Merino e Lincoln possui pequeníssima percentagem de sangue Leicester e Border Leicester.

O Corriedale foi oficialmente reconhecido como raça pura em 1911 quando foi criado o Flock Boock pela “The Corriedale Sheep Society”.

PADRÃO RACIAL

Cabeça: Ampla e forte. A do carneiro deve expressar masculinidade (larga, com fossas nasais abertas, boca forte e larga), as orelhas devem ser de tamanho mediano com boa contextura e coberta de pelos brancos. As mucosas, a pele entre as narinas, lábios e conjuntivas devem apresentar pigmentação escura, sendo desejável uma boa cobertura de lã na parte superior, mas mantendo uma cara limpa (livre de lã).

É desejável que a cara ao redor dos olhos e sobre a trompa, seja coberta de pelos brancos e suaves, apresentar manchas negras no nariz e nas orelhas são considerados defeitos de pouca importância, porém, as manchas escuras ou azuladas na pele ao redor dos olhos e nas mucosas das fossas nasais são consideradas defeitos e manchas marrons no pelo ou lã ao redor das fossas nasais, orelhas ou olhos são defeitos.

Chifres: Sem chifres em ambos os sexos (ainda que botões rudimentares despregados da estrutura óssea devam ser considerados como defeitos mínimos).

Pescoço: Pescoço de comprimento médio largo e forte, formando uma boa nuca ao inserir-se na cabeça, bem inserido no tronco sem formar depressões com as cruzes.

Corpo: Deve ser comprido apresentando uma linha superior nivelada e em continuação com as cruzes e ancas, as costelas profundas devem arquear-se para fora e levemente para cima (a partir da coluna), para logo descerem profundamente até o externo, deve ter uma boa cobertura de carne no lombo e costelas e não deve apresentar depressões atrás das paletas e na linha superior.

Membros: Devem ser de comprimento moderado (com bom osso), bem aprumados, bem separados e situados perpendicularmente em relação ao corpo.

A abertura das patas dianteiras e das trazeiras deve ser igual, os ossos das paletas devem ser pesados, retos e de secção transversal oval (ossos finos e redondos constituem grave defeito), os cascos devem ser bem conformados, de bom tamanho e cor escura (preto), embora sejam admitidas algumas raias claras.

Velo: Pesado, uniforme, extenso e com carácter. Cobre bem todo o corpo (com exceção das virilhas e axilas), mechas relativamente longas, bem constituídas, bem definidas, carnudas, densas e com ondulações pronunciadas e proporcionais a finura das fibras.

Lã: Lã branca de bom toque e bem lubrificada, cobre abundantemente os membros locomotores, deixando livre os cascos e formando um garreio de boa qualidade, livre de pelos e de manchas marrons ou pretas. O diâmetro médio das fibras de lã varia de 26,5 a 30,9 micrômetros, o que corresponde na Norma Brasileira de Classificação de Lã Suja as finuras Cruza 1 e Cruza 2, que na escala de Bradford corresponde de 56´s a 50´s.

Nos machos tolera-se uma tendência a um grau mais forte, desde que a lã tenha muito bom toque e nas fêmeas admite-se a finura PRIMA B (de 25,0 a 26,5 micrômetros), desde que tenham um bom tamanho, velo pesado e demais caracteres raciais bem definidos.

Figura 4 – Demonstração da lã Corriedale
AptidõesDefeitos desclassificatórios
Não foram descritas no siteDefeitos de constituição que afetam a performance
 Presença de chifres, rudimentos de chifres grandes ou unidos firmemente ao osso do crânio
 Lã muito áspera ou muito seca (mal lubrificada)
 Presença evidente de fibras meduladas no velo ou evidência de pelos sobressaindo nas extremidades das mechas
 Manchas marrons ou pretas, muitas fibras pigmentadas em qualquer parte do velo, incluindo cabeça e garreio
 Debilidade de lã, má cobertura, no lombo, cabeça e barriga

ROMNEY MARSH

Raça de origem Inglesa, também conhecida pelo nome de Kent, condado onde foi criada desde a antiguidade sem infusão de sangue estranho. Os antecessores desta raça já eram criados na época das Cruzadas, vivendo sempre isolados das demais raças inglesas, tendo havido apenas uma tentativa de melhora-lo com a introdução de sangue Leicester, cujo resultado não agradou, sendo o procedimento logo abandonado.

Há dois séculos passados os ovinos desta raça eram animais grandes, de inferior qualidade, portadores de cabeça grande, pescoço fino e comprido, membros longos e finos, velo escasso e lã muito grosseira.
O melhoramento da raça foi um processo demorado, onde foi empregado sistematicamente o método de seleção visando a obtenção de um ovino para carne, descuidando da produção de lã.

Levado para a Nova Zelândia o Romney foi orientado para o duplo propósito, melhorando a sua aptidão laneira, resultando na formação de uma raça produtora de carne (60%) e de lã grossa e longa (40%), na formação do Romney Marsh, além do método de seleção foi também usada consanguinidade. Em 1897 foi criado o primeiro registro genealógico da raça “Kent or Romney Marsh Sheep Breder Association”, entretanto documentos antiguíssimos mantidos na Biblioteca da Catedral de Canterbury fazem referência a rebanhos existentes no ano de 1275 no “Priorato de Christchurch”.

PADRÃO RACIAL

Cabeça: O carneiro denotará marcante expressão de masculinidade e a ovelha demonstra delicada aparência feminina com cabeça é proporcional ao corpo (sem ser muito grande é larga e forte). Frente plana, larga entre os olhos e as orelhas, coberta de lã até a linha mediana dos olhos, formando um topete, sem prejudicar em qualquer fase a visão.

A parte inferior da face é coberta de lã, sem atingir a cara, que deve ser coberta de pelos brancos e suaves, apresentar cara larga e curta, com perfil ligeiramente convexo, narinas largas e os olhos grandes e proeminentes. As mucosas nasais, pele entre as narinas, conjuntivas e os lábios são pigmentados de negro e com orelhas bem separadas e bem implantadas, grandes, com o pavilhão auricular virado para a frente, carnudas e com pontas arredondas, cobertas de pelos brancos ou de lã curta (lanugem), ainda sendo comum a ocorrência de pequenas manchas pretas.

Chifres: Mocha.

Pescoço: Curto, grosso e fortemente ligado a cabeça. Suavemente inserido no tronco deve manter a cabeça levemente levantada, já um pescoço franco, fino ou excessivamente comprido é indicativo de constituição débil e se constitui em defeito eliminatório.

Corpo: Comprido, carnudo, largo e profundo. Costelas bem arqueadas formando um tórax amplo, com paletas largas, carnudas, bem separadas entre si e preferentemente paralelas, formando um plano com as costelas, terminando superiormente por uma cernelha larga e nivelada com o dorso, apresenta peito largo, profundo e um pouco saliente.

Dorso e lombo compridos, largos e bem cobertos de músculo, formando um plano horizontal com boa distância entre as paletas e ancas, que por sua vez, deve ser comprida, larga e com boa cobertura de carne (quando muito inclinada configura grave defeito), os quartos são arredondados, largos e profundos, com pernas bem separadas, musculosas e entrepernas cheio e profundo, quando visto de trás dá a impressão de um “U” largo e invertido, com cola implantada quase em linha reta com a coluna.

Membros: Apresentam comprimento mediano, proporcionando um bom suporte ao corpo e facilidade de locomoção, ossos fortes bem aprumados e com articulações bem definidas, com garrões fortes, bem separados e as patas dianteiras devem guardar o mesmo afastamento das traseiras, apresentando ainda quartelas de comprimento médio e inclinação normal com cascos fortes, grandes e pigmentados de preto.

Velo: De aspecto volumoso em consequência do grande comprimento e relativa densidade das mechas, cobrindo bem todo o corpo (entretanto o garreio não é muito abundante), as mechas terminam em ponta, o peso oscila de 9 a 12 Kg para os pais de plantel, de 5 a 6 Kg para os carneiros de rebanho, podendo atingir 5 Kg nas ovelhas de plantel e no rebanho geral oscilam de 3 a mais de 4 Kg.

Lã: Nos machos o diâmetro médio das fibras varia de 31 a 38 micrômetros (de 48´s a 44´s na escala de Bradford) e nas fêmeas varia de 29 a 31 micrômetros, o que de acordo com a Norma Brasileira de Classificação de Lã Suja dá para os machos as finuras de Cruza 3 a Cruza 6 e para as fêmeas finuras de Cruza 2 e Cruza 3. O comprimento das mechas atinge de 14 a 18 cm, com ondulações bem acentuadas e largas, podendo atingir até 1,5 a 2,0 cm e deve apresentar cor amarelo ouro ou creme e atualmente preferencialmente branca, com boa suavidade, brilho acentuado e boa uniformidade de finura.

AptidõesDefeitos desclassificatórios
Produtor de carne e lã, com maior ênfase econômica para a carneConstituição débil é um defeito grave
Extremamente rústico, suportando bem as condições de campos úmidosPresença de chifres ou de rudimentos de chifres fixos
Em criação extensiva os capões atingem de 80 a 90 KgMá cobertura de lã na linha de lombo
Cordeiros chegam a produzir de 28 a 30 Kg aos 5 meses se estiverem a campoLã de quarto excessivamente grossa
 Manchas de lã preta ou marrons em qualquer parte do velo
 Lã de cor canela ou marrom
 Pelos no garreio
 Mucosas ou cascos brancos
 São toleráveis pequenas manchas pretas ou marrons nas orelhas, desde que não sejam muito numerosas

BORDER LEICESTER

O Border Leicester é uma variedade do Leicester de Dishley, formada em Northumberland e Condados do Sudeste da Escócia. A partir de 1755 o zootécnista Robert Backewell, em seu estabelecimento situado em Dishley, passou a trabalhar no melhoramento do primitivo Leicester utilizando intensivamente a seleção, consanguinidade e alimentação adequada transformando-o em um ovino precoce de maior tamanho e boa capacidade de engorde.

As técnicas de melhoramento utilizadas por Robert Backewell fizeram do Border Leicester um animal de melhor porte, com cabeça e pescoço melhor implantados, corpo mais comprido, tórax mais desenvolvido e melhor arqueamento de costelas do que o Leicester de Dishley. Em 1898 formou-se a Society of Border Leiceste Sheep Breaders, que mantém o registro genealógico, publicado desde 1899, e tem sua sede em Edinburgh, Escócia.

PADRÃO RACIAL

Cabeça: De tamanho mediano, comprida, perfil acentuadamente convexo, nuca estreita e bem pronunciada, olhos pequenos e vivos, orelhas de inserção baixa em relação aos olhos e a nuca com a concha voltada para frente e as pontas um pouco projetadas para cima, dando ao animal o aspecto de muito atento ao que ocorre em seu redor. Lábios e narinas (morro) quadrado e pigmentado de preto, a cabeça é totalmente desprovida de lã e coberta de pelos brancos e curtos.

Chifres: Mocha em ambos os sexos.

Corpo: De perfil retangular, muito comprido e desenvolvido, dorso e lombo retos e compridos, costelas muito arqueadas dando ao tórax o formato cilíndrico e quartos bem conformados

Membros: Compridos e desprovidos de lã, ossos muito grossos, mas bem aprumados e cascos escuros.

Velo: Não é extenso, com mechas de pouca densidade e terminando em ponta característica com ondulações muito largas, atingindo de 4 a 5 Kg em fêmeas de rebanho geral e de 6 a 10 Kg de carneiros a galpão.

Lã: Diâmetro médio das fibras de lã varia de 36 a 42 micrômetros, o que na Norma Brasileira de Classificação da Lã Suja corresponde as finuras Cruza 5 e Cruza 6, e na escala de Bradford vai de 40´s a 46´s e mechas com 15 a 20 cm de comprimento.

AptidõesDefeitos desclassificatórios
Bastante rústicoConstituição débil
Muito prolífera, 110 a 130% de índices de nascimentosCascos e mucosas nasais despigmentados
Muita fixidez de caracteres e muita potência hereditária, exercendo muita dominância genética sobre outros animais usados em cruzamentos industriaisLã preta em qualquer parte do velo
Produz muita carne e lã grossa, que é muito empregada para fabricação de carpetes, estofamentos e forraçõesMechas muito curtas
Muito indicada para cruzamentos industriais, onde colabora eficientemente com a sua prolificidade e aptidão maternaLã atípica

BERGAMÁCIA

Formou-se no Norte da Itália, notadamente na Lombardia e no Piemonte, possivelmente originando-se de ovinos do Sudão em tempos remotos, segundo A Di Paravicini Torres. Deu origem ao grupo Alpino, mocho, de orelhas grandes e pendentes sendo conhecida ainda na Itália como Gigante de Bergamo e Bielesa.

Ovinos de grande porte, lanados, brancos, mochos, de múltipla utilidade no seu país de origem onde é utilizado para produção de carne, lã e leite, os machos adultos pesam entre 100 e 120 Kg e fêmeas adultas de 70 a 80 Kg.

PADRÃO RACIAL

Cabeça: Grande, perfil ultra convexo, tanto na fronte como no chanfro, mocha, fronte estreita e saliente, orelhas pendentes, largas e compridas, (atingindo no mínimo, até a ponta do focinho), apresentando mucosas nasais, conjuntivas e lábios rosados, sendo permitida discreta pigmentação e cabeça é coberta por pelos curtos e brancos.

Chifres: Mocha.

Pescoço: Forte, alongado e com leve depressão na sua união com as espáduas.

Corpo: Comprido, cilíndrico, tórax largo e profundo, peito pouco proeminente, a linha dorso lombar deve ser reta e musculosa, o lombo geralmente é curto, garupa larga um pouco inclinada e arredondada, ventre longo, amplo (sem no entanto conferir ao animal o aspecto de barrigudo), devem ostentar um úbere bem desenvolvido e bem implantado com face ventral coberta de pelos curtos e brancos.

Membros: Fortes, longos com boa ossatura e articulações, bem aprumados, pouco afastados lateralmente, apresentam alguma lã até os garrões e joelhos (sendo que no restante são cobertos de pelos curtos e brancos) e cascos escuros.

Velo: Produção de lã (que é de pouca qualidade) atinge 5,0 Kg nos machos e até 4,0 Kg nas fêmeas.

Lã: A lã é branca com finura variável de 30 a 31 micrômetros (Cruza 2), cobrindo o corpo (com exceção da face ventral), parcialmente os membros até os jarretes e joelhos.  

AptidõesDefeitos desclassificatórios
Machos adultos com peso de 100 a 120 Kg, embora a carcaça não seja de grande qualidadePintas pretas ou marrons na cara, corpo e membros
Os cordeiros com bom desenvolvimentoPresença de chifres
Mães com boa produção de leite, atingindo lactações de até 250Kg com 6% de gordura, muito utilizado na Itália para a fabricação do queijo GorgonzolaPobreza de lã
Ovelhas muito proliferasPorte pequeno
A lã é de baixa qualidade, presta-se para a fabricação de tecidos grosseirosTronco curto
Ovinos rústicos, porém exigentes quanto a alimentação 
Fácil adaptação as condições climáticas do Centro e do Nordeste brasileiros 

Referências:

CSIC BIO022. Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Lipideos internos de la lana en la preparación de produtos para el tratamiento y cuidado de la piel, 2008.

CSIC BIO023. Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Ceramidas de la lanlolina para el tratamiento de la piel, 2008.

GEA, G. Ganado lanar. El ganado lanar en la Argentina. 2ª ed. Universidad Nacional de Río Cuarto. Río Cuarto. Córdoba, 2007

Jornal Digital Alegrete Tudo disponível em: clique aqui

Jornal Digital GZH disponível em: clique aqui

Jornal Globo rural disponível em: clique aqui

MIRANDA, RM e McMANUS C. Desempenho de ovinos Bergamácia na região de Brasília. Revista Brasileira de Zootecnia, 29, 6, 1661-1666, 2000

NOCCHI, EDG. Os efeitos da crise da lã no mercado internacional e os impactos socioeconômicos no município de Santana do Livramento, RS. Brasil. 2001. 87 f. Dissertação (Mestrado em integração e cooperação internacional). Universidade Nacional de Rosário, 2001

PPM, Prod. Pec. munic., Rio de Janeiro, v. 45, p.1-8, 2017

PPM, Prod. Pec. munic., Rio de Janeiro, v. 46, p.1-8, 2018

PPM, Prod. Pec. munic., Rio de Janeiro, v. 47, p.1-8, 2019

PPM, Prod. Pec. munic., Rio de Janeiro, v. 48, p.1-12, 2020

VIANA, JGA. Governança da cadeia produtiva da ovinocultura no Rio Grande do Sul: estudo de caso à luz dos custos de transação e produção. Santa Maria: UFSM, 2008. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural), Faculdade de Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria, 2008

VIEIRA, GVN. Criação de ovinos. 3ª edição. Edições Melhoramento. Porto Alegre. 480 pp, 1967

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