Clostridium perfringens e sistema imune de frangos de corte

Faça parte da comunidade Zootecnia Brasil! Inscreva-se!

O Zootecnia Brasil não envia anúncios ou e-mails em excesso.

Junte-se a 1.040 outros assinantes
clostridium perfringens

Clostridium perfringens (CP) é uma bactéria Gram-positiva, formadora de esporos e anaeróbica que é amplamente distribuída na natureza e comumente encontrada no solo, poeira, locais de produção animal como camas, alimentos contaminados e como uma bactéria natural na microbiota do trato gastrointestinal.

Leia também:O que é coccidiose e quais seus impactos na avicultura?

O CP é o principal agente etiológico da Enterite Necrótica – EN, distúrbio esse responsável por grandes perdas econômicas na indústria avícola ao redor do mundo. Há vários fatores predisponentes para a rápida proliferação da bactéria CP. Alguns fatores são a alta inclusão de proteína de origem animal na dieta, altos níveis de certos cereais, polissacarídeos não-amiláceos de baixa digestibilidade que aumentam a viscosidade do conteúdo intestinal e coccidiose com danos na mucosa intestinal.

Sistema Imune

A interação patógeno-hospedeiro é complexa, e envolve diferentes componentes do sistema imune do hospedeiro. No intestino das aves a patogenia se inicia com a penetração das bactérias na mucosa intestinal, seguindo pela ligação e ataque as células epiteliais.

Ao invadir uma célula, o patógeno (CP) gera um sinal exógeno, que é uma molécula produzida pelo mesmo, essas moléculas são denominadas de Padrões moleculares associados a patógenos – PAMPs. Os PAMPs se ligam a receptores de reconhecimento padrão – PRRs que ficam localizados no interior e na superfície das células sentinelas (macrófragos, células dendríticas e mastócitos).

Citocinas

Os PAMPs, ao se ligarem aos PRRs, principalmente ao grupo de receptores denominado toll (TLR), geram sinais que ativam as células sentinelas e as estimulam a secretar diversas moléculas, e algumas delas são as citocinas, proteínas que “ligam” o processo inflamatório.

Essas moléculas desencadeiam aumentos locais no fluxo sanguíneo, atraem células de defesa, como os neutrófilos, e aumentam a permeabilidade vascular, permitindo que as moléculas antimicrobianas e as células inundem os tecidos acometidos (TIZARD, 2014).

Acesse também nosso LinkedIn e nos siga: Zootecnia Brasil

Dentro deste conjunto de citocinas, temos a Interleucina 1 (IL-1), Interferon γ (IFN-γ), Interleucina 13 (IL-13), (IL-17) e o fator transformador de crescimento (TGF) – β. Além destas, muitas outras moléculas são produzidas pelas células sentinelas e células danificadas, desencadeando e mantendo a inflamação.

Coletivamente, estas moléculas desencadeiam aumentos locais no fluxo sanguíneo, atraem células de defesa, como os neutrófilos, promovem maior permeabilidade vascular, levando ao edema tecidual, e matam microrganismos invasores (TIZARD, 2014).

Por hoje é isso pessoal, espero que gostem dessa pequena amostra da interação sistema imune de frangos de corte e a bactéria Clostridium perfringens, em breve posso trazer os pontos negativos de um sistema imune responsivo e o porquê buscamos um sistema imune resiliente.

Uma resposta

Deixe uma resposta

Compartilhar

Share on facebook
Facebook
Share on linkedin
LinkedIn
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp

TAMBÉM QUER SEU ANÚNCIO AQUI? ENTRE EM CONTATO

Translate »