Há anos, as interações entre nutrição animal, logo, animal bem nutrido e a reprodução, têm sido estudadas. E há evidências científicas de que a reprodução fica comprometida quando um animal está subnutrido. Nesse contexto, o flushing nutricional é uma estratégia que consiste no aumento da quantidade de energia fornecida para as leitoas alguns dias antes da inseminação.
O objetivo deste aumento é uma melhoria na taxa de ovulação e consequentemente um aumento no número de nascidos. Este fato se deve pelo organismo apresentar funções prioritárias nas quais assimilam primeiro os nutrientes e a energia disposta pela alimentação. Após essa primeira associação, o restante dos nutrientes e da energia será direcionado às funções secundárias, mas não menos importantes (reprodução). Esta estratégia foi e ainda é amplamente utilizada nas granjas suínas como prática de rotina no manejo nutricional dos animais.
A adoção do “flushing” deve ser por um período de 10 a 14 dias, até a cobertura, e é recomendado para leitoas com peso corporal entre 110 e 120 kg e com idade entre 180 a 190 dias, onde deve ser fornecida uma dieta com 3200 kcal EMA, à vontade.
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O efeito gerado pelo “flushing” não é super-ovulatório, mas permite a maximização do potencial ovulatório através de um status hormonal mais adequado. Sabe-se claramente do papel da insulina como regulador de atividade ovariana, com papel decisivo na eficácia do “flushing” e por esse motivo, é importante salientar que a fonte de energia utilizada na dieta do flushing tem papel fundamental na potencialização da secreção endógena de insulina, devendo sempre priorizar a participação máxima de carboidratos como fonte de energia nas mesmas.
Resultados técnicos com Flushing Nutricional
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Oliveira (2021), em seu trabalho de conclusão de curso – TCC, avaliou o efeito do flushing sobre os parâmetros duração da gestação, duração do parto, número total de leitões nascidos, número de leitões nascidos vivos, número de natimortos e número de mumificados. Apesar dos diferentes ganhos de peso observados pela autora, todas as leitoas alcançaram pesos satisfatórios para reprodução, que segundo a Embrapa deve ser de no mínimo 135 kg. Sendo que mesmo no tratamento 1, no qual se teve o menor ganho de peso, as leitoas tiveram média de 147 kg na cobertura.
Referências:
OLIVEIRA, ISABELLY K. M. GANHO DE PESO NO FLUSHING E O DESEMPENHO REPRODUTIVO DE LEITOAS. UBERLÂNDIA: [s. n.], 2021. Disponível em aqui.
Respostas de 3
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