Conceito e Etapas
O pré-secado está cada vez mais comum em propriedades e tem como objetivo conservar as forragens de forma compactada e com ausência de oxigênio. Uma pesquisa concluiu em 2019 que 1/3 das atividades leiteiras acrescentam pré-secado na dieta das vacas.
As etapas são o corte, secagem, confecção das leiras e enfardamento. Todavia, para efetuar de maneira qualitativa ambas as fases é necessário ter conhecimento de alguns fatores que influenciam nos processos: como umidade relativa do ar, temperatura, radiação solar, região, cultura adotada, clima e horários sem orvalho.
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O momento que há melhor disponibilidade de nutrientes e maior rendimento de forragem é no estágio vegetativo e pré-florescimento da planta. Quanto mais tardio for o corte, mais ocorre queda nutricional.
Posteriormente, ocorre a secagem do produto na lavoura com a intervenção dos raios solares, para uma secagem homogênea é preciso revolver (alguns implementos realizam a inversão e o enleiramento ao mesmo tempo). Além do mais, o revolvimento ajuda na desagregação do material e auxilia na passagem de ar para favorecimento da perda de água.
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E quando pode enfardar o material?
O vegetal precisa ter atingido o ponto ideal de matéria seca (MS) para o recolhimento e enfardamento, esse teor oscila conforme a cultura e outros obstáculos já citados. Entretanto, o valor de MS varia de 40% até 60% dependendo da planta.
Os pré-secados enfardados devem ficar de pé, pois há uma menor área de contato da superfície com o solo, reduzindo as chances de proliferação de fungos que podem acometer a qualidade da silagem.
Diversas forrageiras podem servir a produção. No sul há muito uso de Azevém, Aveia, Triticale, Tifton e em outras regiões é possível fazer uso da Brachiárias. Dentre as leguminosas a alfafa é a mais usual.