Suínos machos podem apresentar altos ou baixos níveis de odor, todos os machos são susceptíveis ao odor de macho inteiro a medida em que a maturidade sexual se aproxima. O cheiro característico é causado por dois compostos naturalmente presentes no seu organismo, a androstenona e o escatol, substâncias altamente solúveis no tecido gorduroso, encontradas em concentrações potencialmente altas na gordura subcutânea.
A androstenona é produzida somente em suínos com tecido testicular funcional. Em machos sexualmente maduros, as glândulas salivares absorvem grandes quantidades de androstenona da circulação, convertendo-as em um ferormônio sexual, liberado na saliva durante o acasalamento.
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O escatol é um subproduto da degradação metabólica do triptofano (um aminoácido) pelas bactérias intestinais, como parte da conversão de nutrientes em energia. Embora o escanol seja produzido em fêmeas suínas, machos inteiros e castrados, sua concentração na gordura é significativamente mais alta nos machos inteiros, resultado de uma taxa mais lenta de clearance hepático de escatol, devido aos efeitos dos esteroides sexuais masculinos sobre a função hepática.
Em termos gerais, o odor do macho começa a aumentar à medida que o peso vivo excede a 80-90 kg e a largura dos testículos emparelhados excede 110mm; também pode ser influenciado por fatores como raça, dieta, antibióticos adicionados à alimentação e pela higienização das instalações que pode ter um efeito significativo sobre a assimilação de escanol.
Referências:
Ferreira, A. H. et al. Produção de Suínos Teoria e Prática, Brasília, 2014.
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