O tambaqui, pacu e pirapitinga são os principais peixes redondos cultivados em água doce no Brasil, bem como seus híbridos (exemplo: tambacu e paqui), possibilitando diversas opções para cultivo, visto que o cruzamento origina híbridos com características desejáveis como ganho de peso e resistência ao frio. Em 2015, os peixes redondos e seus híbridos representaram 10,4% da produção brasileira (IBGE 2015), um dos principais motivos para esse número é o clima favorável à criação, uma vez que esses peixes são nativos com hábitos onívoros.
O pacu (Piaractus mesopotamicus) é originário da Bacia do Prata e possui ocorrência nos rios Paraná, Paraguai, Uruguai e seus afluentes. Seu sucesso de cultivo se deve em grande parte à grande facilidade para produção de alevinos, principalmente no estado do Mato Grosso do Sul. O macho de pacu é muito usado para a fecundação de ovos de tambaqui, dando origem ao híbrido tambacu, um peixe mais arredondado que o tambaqui e maior que o pacu, porém apresenta menos resistência que os tambaquis, além disso possui um lombo largo onde há grande deposição de carne, fazendo com que esse peixe seja muito usado em pesque-pagues.
A pirapitinga (Piaractus brachypomum) pode alcançar até 20 kg e é considerado o terceiro maior peixe de escamas da Amazônia, apresenta crescimento pouco mais demorado que o tambaqui e essa espécie de peixe redondo também é bastante utilizada para obtenção de híbridos como o patinga e tambatinga.
O tambaqui (Colossoma macropumum) é o peixe redondo mais cultivado no Brasil, tendo sua produção principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste devido ao clima favorável e aceitação de mercado. Além disso, em 2015 foi o segundo peixe mais produzido, ficando atrás apenas da tilápia (IBGE 2015) e em 2019, segundo o anuário da PeixeBr, liderou a produção de peixes nativos no Brasil. Sem dúvidas é um peixe com grande potencial econômico e o mais usado para cruzamento com as espécies pacu e pirapitinga.
A reprodução do pacu e do tambaqui ocorre de outubro à março, esses peixes atingem a maturidade sexual entre 3 à 4 anos dependendo de fatores como as condições climáticas.
Essas espécies tem alto potencial econômico e já possuem grande desenvolvimento tecnológico para sua criação, além disso são peixes nativos. Possuem também aceitação no mercado, o que favoreceria ainda mais sua produção é o marketing, a presença em pontos de venda, expansão de produtos e todos os elos da cadeia trabalhando para um mesmo ideal.
Referências:
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/21534909/documento-disponibiliza-caracteristicas-e-recomendacoes-para-prevencao-de-parasitoses-em-peixes-redondos
https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/peixes-redondos-a-nova-opcao-de-consumo-e-producao-nacionalPágina inicial
Cresce produção e consumo de peixes redondos no Brasil
Cresce produção e consumo de peixes redondos no Brasilhttps://ainfo.cnptia.embrapa.br/
https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-criar/noticia/2018/05/como-criar-pirapitinga.html