Atualmente uma das maiores preocupações do século XXI é quanto a produção de superbactérias, resultantes de um selecionamento advindo do mal uso de antibióticos, e o que antes parecia uma profecia alarmista se tornou realidade. Concomitante a isso, os olhos do mundo viraram para a produção animal, principalmente a produção de frangos e suínos, devido à alta utilização de antibióticos para uso veterinário e produtivo. A maior preocupação quanto ao uso de antibióticos na produção animal é pela possibilidade de se desenvolver resistência cruzada e resistência a múltiplos antibióticos.
Nesse panorama, a sociedade que cada dia com o aparato da internet quer e requer mais informações sobre a origem e qualidade dos alimentos podem e impõem a necessidade de alimentos livres de antibióticos. Com o crescimento desse nicho muitos produtores e países tem olhado para alternativas que possam manter a boa produtividade podendo atender esse público de valor agregado. E diante disso entram os aditivos zootécnicos alternativos que incluem ácidos orgânicos, probióticos, prebióticos, simbióticos e compostos fitogênicos.
A utilização dos ácidos orgânicos promove ativação enzimática, controle de bactérias por alterações no pH intestinal e melhora na produção de sais biliares. Os probióticos são organismos vivos que atuam de forma benéfica ao hospedeiro. Esses microrganismos benéficos se ligam a sítios na mucosa intestinal, “excluindo” bactérias patogênicas desses sítios. Os prebióticos são suplementos alimentares para beneficiar bactérias salutares do intestino. Quando adicionado os probióticos e prebióticos juntos temos os simbióticos, que são os probióticos com um aparato maior a sobrevivência e adaptação. E por fim os fitogênicos, compostos vegetais potenciadores adicionados a dieta podendo ser antibacterianos, antioxidantes, anti-inflamatórios e antivirais.
Portanto com essas alternativas podemos inferir que a produção animal sem antibióticos é viável, e será o futuro. Em vista disso, podemos concluir que o uso de antibióticos está com os dias contados, esse nicho que começou por uma alimentação mais segura, logo se tornará holístico. O Brasil como um gigante produtor de proteína de origem animal está atento e se adaptando, com isso novos mercados tendem a abrir as portas como a União Europeia que desde 2006 luta contra a produção animal sem antibióticos.
Referências:
- P, R, M, ANDRADE. Antibióticos. Facid DeVry.
- V, PAPARSIROS., P,KATSOULOS., K,KOUTOLIS. et al. Alternatives to antibiotics for farm animals. CAB Reviews Perspectives in Agriculture Veterinary Science Nutrition and Natural Resources. 2013. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/259233388
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