Raça bovina: Gir

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A raça bovina Gir ( Bos indicus ), é originária da península Kathiawar, oeste da Índia, e chegou ao Brasil através de importações feitas entre os anos 1870 a 1962. O Grande interesse na raça foi e é, sua capacidade de duplo propósito, produção de carne e leite, além de uma baixa exigência nutricional, e uma boa tolerância ao calor e parasitas. Em trabalho realizado por Marioto et al., comparando as raças Jersey e Gir quanto a susceptibilidade a acidose lática ruminal, chegaram a conclusão que a raça zebuína Gir é mais resistente a esse tipo de distúrbio metabólico, o que demonstra mais ainda a boa tolerância do animal.

No entanto, a raça também possui características não-desejáveis, que são: cabeça excessivamente pesada e assimétrica. Prognatismo. Chanfro com depressão convexa ou com desvios. Chifres excessivamente grossos, móveis, retos ou dirigidos para baixo, ou com predominância da cor branca. Cauda com inserção muito alta, e vassoura branca nos animais de pelagem com predominância avermelhada ou amarela.

Entre os fatores que alicerçaram a evolução genética da raça, está o Programa Nacional de Melhoramento Genético do Gir Leiteiro (PNMGL), criado em 1985. Trata-se de um trabalho executado pela Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL – Com sede em Uberaba/MG) em conjunto com a Embrapa Gado de Leite. São objetivos principais do programa, a promoção do melhoramento da raça por meio da identificação e seleção de touros geneticamente superiores para as características de produção, como leite, gordura, proteína e sólidos totais), de conformação e de manejo, bem como da avaliação genética dos animais de todos os rebanhos participantes(ACGZ).

Os dados de produção têm como base, a lactação das fêmeas filhas dos touros avaliados. Anualmente, é divulgada a classificação de touros líderes para estas características, possibilitando aos produtores, a utilização desta genética provada e melhoradora através da inseminação artificial, por exemplo. O PNMGL também desenvolveu um modelo de “vaca ideal”, observando as características funcionais (morfológicas) no que diz respeito à aparência geral relacionada com a função produtiva (ACGZ).

A raça está presente em 82,3% das propriedades brasileiras, isso porque seu rendimento não é atribuído só ao leite ou só à carne. “Ela é vitoriosa nas propriedades justamente por ser avaliada em todos seus atributos rentáveis ao mesmo tempo”, como afirma o especialista Rinaldo dos Santos.

Concluindo, a raça é um rico banco genético, dando origem a cruzamentos altamente eficientes como o girolando (Gir x Holandesa), e com isso ainda vai ser muito utilizada no Brasil, já que se adaptou com excelência.

Referências:

http://dx.doi.org/10.1590/S0103-84782002000100011 

http://www.acgz.com.br/secao_racas.php?pagina=5

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