Segundo a Lapig (2017), no Brasil cerca de 70 milhões de hectares de pastagem encontram-se em algum grau de degradação. Os principais fatores de degradação de pastagem são o esgotamento da fertilidade do solo e o manejo inadequado do pastejo. Segundo Dias Filho (1998), o declínio da produtividade e o aumento do número de plantas invasoras são os principais sinais de início dos processos de degradação da pastagem. Uma alternativa para reverter esse processo é a recuperação da área degradada.
Essa estratégia é caracterizada pelo restabelecimento da produção de forragem da espécie já implantada na área, melhorando a fertilidade do solo e reduzindo a infestação por plantas daninhas. Dentre as principais estratégias de recuperação podemos destacar a vedação, utilizada para retirada dos animais, cessando o pastejo, dando condições para a recuperação da gramínea. A adubação visando restabelecer a fertilidade do solo. A gradagem, com objetivo de remover as plantas daninhas e promover a germinação de sementes armazenadas no banco de sementes da gramínea no solo. A integração entre a gramínea perene é uma de ciclo anual, como milho e sorgo.
A escolha da estratégia de recuperação vai depender de vários fatores como recursos, mão de obra e insumos. Silva et al. (2004) ao avaliarem efeitos de diferentes estratégias de recuperação de pastagem degradadas, verificaram que a vedação do pasto, aliada a adubação fosfatada foram mais eficientes na recuperação da B. Humidicola. Resposta semelhante verificado por Ydoyaga et al. (2006), onde observaram maior capacidade de recuperação da B. Decumbens usando a vedação e adubação fosfatada como estratégia. Contudo, a definição da estratégia de recuperação depende da avaliação por um técnico especializado.