A cunicultura é a área da Zootecnia que visa a criação de coelhos. Dependendo da finalidade da criação, pode ser direcionada para a produção de carne e subprodutos (pele/pelos) ou até mesmo como animais de companhia.
É uma atividade bastante vigorosa em diversos países, mas quando comparado, o Brasil tem o ramo pouco desenvolvido, com pouco mais de 200 mil cabeças de coelhos num total de 16 mil estabelecimentos.
Inicialmente, os coelhos foram utilizados para a produção de vacinas. Depois que as vacinas passaram a ser elaboradas com outros materiais, a criação de coelhos passou a ser destinada para a produção de carne. Após a criação da Associação Nacional dos Criadores de Coelhos, em 1970, a cunicultura vem se desenvolvendo a ponto de não só aumentar a renda de pequenas propriedades, mas também para subsistência.
É um ramo que apresenta grandes vantagens, sendo algumas delas:
- Utilização de pouco espaço;
- Animais de fácil manejo;
- Carne de alta qualidade (em menor tempo conseguem produzir quantidades significativas de proteína de alto valor biológico);
- Produção o ano inteiro, devido a alta fertilidade
No Brasil, grande parte da produção é voltada para o mercado “Classe A”, o que justifica o alto preço desta carne nos comércios. Os estados que mais produzem são os da região sul (com pouco mais de 119 mil cabeças), com foco na exportação, e em São Paulo, onde há maior demanda por carnes exóticas.
Em relação a atividade produtiva, cunicultores se deparam com alguns problemas na execução das atividades do setor, bem como: escassez no incentivo à atividade, necessidade de assistência técnica, desconhecimento por parte da população no que se diz respeito as qualidades nutricionais da carne, elevado preço ao consumidor final, entre outros, sendo o último fator devido a carne cunícula ainda ser mercadoria elitizada, apresentando alto custo na compra e na maioria das vezes ser comercializada como carne exótica.
O setor de cunicultura tem sofrido grandes transformações, e com isso a organização, priorizando os interesses coletivos, tem buscado maior competitividade para o crescimento da atividade e retorno adequado.
Referências:
KLINGER, A. C. K. Cunicultura: didática e prática na criação de coelhos. Fundação de Apoio a Tecnologia e Ciência – Editora UFSM , 27 de jul. de 2018 – 128 páginas
https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-agropecuario-2017