ESTRESSE OXIDATIVO E SUA INFLUÊNCIA NA AVICULTURA

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O estresse oxidativo ocorre quando o organismo não consegue equilibrar a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e espécies reativas de nitrogênio (ERN) com a capacidade antioxidante para eliminá-las. Na avicultura, esse desequilíbrio representa um grande desafio, pois impacta diretamente o metabolismo das aves, enfraquece o sistema imunológico, compromete a síntese de proteínas e pode causar danos às células, aos tecidos e ao DNA (DUDA, 2013).

Leia também: Suplementação de microminerais orgânicos no desempenho de aves reprodutoras

Diversos fatores podem levar ao estresse oxidativo. Dentre os principais, estão as condições ambientais extremas, como o calor excessivo, que eleva a taxa metabólica das aves e aumenta a produção de EROs. Além disso, desafios nutricionais, como a deficiência de nutrientes antioxidantes essenciais (como as vitaminas E e C, e minerais como o selênio), tornam as aves mais suscetíveis ao estresse oxidativo.

Dentre as EROs mais comuns, destacam-se:

  • Radical Ânion Superóxido (O₂∙⁻): Embora seja um agente redutor potente, o O₂∙⁻ também pode causar danos celulares, participando de várias reações que afetam biomoléculas, como lipídios, proteínas e DNA.
  • Radical Hidroxila (HO∙): Altamente reativo, o radical hidroxila é formado a partir da reação do peróxido de hidrogênio (H₂O₂) com metais de transição ou pela homólise da água quando exposta à radiação ionizante. Esse radical pode causar danos ao DNA, proteínas, carboidratos e lipídios.
  • Peróxido de Hidrogênio (H₂O₂): Embora não seja um radical livre, pois não possui elétrons desemparelhados, o H₂O₂ participa de reações que podem gerar radicais hidroxila.
  • Oxigênio Singlete (¹O₂): Forma excitada de oxigênio que, embora não seja um radical livre, pode causar mutações no DNA e é produzido em várias reações biológicas.

Os radicais livres, como as EROs e ERNs, são sempre prejudiciais à saúde dos animais?

Na verdade, não. Em quantidades moderadas, o organismo produz radicais livres que desempenham funções importantes: eles auxiliam na produção de energia, na defesa celular por meio da fagocitose, na regulação do crescimento celular, na sinalização entre células e até na síntese de substâncias biológicas essenciais.

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Portanto, embora o excesso de radicais livres seja prejudicial e esteja associado a diversas patologias, pequenas quantidades são naturais e até benéficas para manter o equilíbrio e a funcionalidade do organismo das aves.

Algumas estratégias podem ser adotadas para reduzir o estresse oxidativo na avicultura, dentre elas:

A suplementação de vitaminas como vitamina E, a qual atua na remoção de radicais livres e na prevenção da peroxidação lipídica, que pode levar à hemólise e danos celulares. Bem como, a suplementação do micromineral selênio, o qual atua como um cofator para várias enzimas antioxidantes, incluindo a glutationa peroxidase, que ajuda a neutralizar peróxidos e outras espécies reativas.

Referências:

OKE, O. E. et al. Oxidative stress in poultry production. Poultry Science, v. 103, n. 9, p. 104003–104003, 25 jun. 2024.

‌DUDA, Naila Cristina Blatt. Estresse oxidativo. 2013. Seminário (Disciplina de Bioquímica do Tecido Animal) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.

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