A nutrição pode representar mais de 70% do custo total de produção. Dentro da composição da dieta total, milho e farelo de soja representam a maior parte, e isso se deve a grande disponibilidade de milho e derivados da soja na região Centro-sul do país. O confinamento é uma atividade que exige profissionalismo e cuidado, pois muitas das vezes o lucro se dá através de centavos economizados. Deste modo, a busca por alimentos alternativos é uma tendência que já é observada há algum tempo. A seguir, ranqueamos 3 alimentos alternativos que você pode incluir na dieta dos seus animais, caso haja disponibilidade e preço viável.
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Polpa Cítrica
A polpa cítrica é um ingrediente energético obtido a partir do processamento de frutas cítricas, essa fonte alimentar é rica em fibras, energia e minerais, contribuindo para o equilíbrio da dieta dos bovinos. Sua utilização proporciona uma alternativa sustentável, aproveitando subprodutos da indústria de sucos e reduzindo o impacto ambiental. Além disso, a polpa cítrica auxilia na prevenção de distúrbios metabólicos e melhora o desempenho dos animais em confinamento. A inclusão desse alimento na dieta bovina confinada representa uma estratégia viável para promover a eficiência produtiva, atendendo às demandas nutricionais dos animais e otimizando a gestão dos recursos na pecuária. Apresenta cerca de ± 7% PB, ± 73% NDT, ± 26% FDN e ± 1,8% Ca.
Farelo de amendoim
O farelo de amendoim é um coproduto proteico da indústria de extração de óleo. Em determinados cenários e estratégias, o farelo de amendoim pode substituir o farelo de soja. Mas é preciso salientar que, o farelo de amendoim possui uma maior degradabilidade ruminal que o de soja, portanto, atente-se a relação PDR/PNDR da sua dieta. Assim como os demais coprodutos, o farelo de amendoim ofertado aos bovinos é uma alternativa sustentável para a destinação desses resíduos. Nesse ponto, vale ressaltar a importância da bovinocultura no cenário da sustentabilidade, transformando coprodutos sem grandes valores nutricionais para os humanos em proteína de alta qualidade. O estado de SP se destaca na produção de amendoim, portanto, há uma maior oferta do farelo. Nutricionalmente possui cerca de 56% PB, 66-80% NDT e ± 13% FDN.
Caroço de algodão
Coproduto da indústria textil, é um alimento versátil, sendo rico em proteína, lipídios e fibra. Com tais atributos, o caroço de algodão pode ser utilizado para substituir parcialmente fontes proteicas e volumosos. Embora seja um ingrediente com uma qualidade notável, seu uso exige cuidados elevados, uma vez que seu alto teor de lipídios pode levar a redução da atividade microbiana no rúmen e redução do consumo. Além disso, apresenta um composto antinutricional chamado gossipol, responsável por problemas reprodutivos e no trasnporte de oxigênio pelo sangue. Possui ± 22% PB, ± 81% NDT, ± 45% FDN e ± 20% EE. Quanto a produção de algodão, o Centro-Oeste detém mais de 70%, sendo o Mato Grosso o principal produtor, seguido pelo estado da Bahia.
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