Com a maior frequência das ondas de calor pelo Brasil, é importante salientar os riscos e possíveis medidas voltadas a produção animal. No ano de 2023, duas ondas elevaram as temperaturas acima dos 40ºC em diversas regiões do país, oferecendo riscos reais ao humanos e aos animais.
Riscos aos animais de produção
O primeiro efeito das ondas de calor na produção animal é o estresse térmico. Animais expostos a temperaturas elevadas enfrentam dificuldades em dissipar o calor do corpo, levando ao aumento da temperatura corporal. O estresse térmico prejudica o desempenho dos animais, causando redução na ingestão de alimentos, diminuição na produção de leite, queda na taxa de crescimento e piora na conversão alimentar. Além disso, a reprodução pode ser afetada, com diminuição na taxa de concepção e aumento nas taxas de aborto.
A saúde dos animais também é comprometida durante ondas de calor, pois as altas temperaturas proporcionam condições propícias para o surgimento e proliferação de doenças. Infecções bacterianas e virais tornam-se mais comuns, aumentando a morbidade e mortalidade entre os rebanhos. A qualidade da água e a disponibilidade de sombra tornam-se cruciais nesse cenário, uma vez que a desidratação e o desconforto térmico podem ser agravados pela falta de acesso a esses recursos essenciais.
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Cuidados durante as ondas de calor
Os riscos associados às ondas de calor na produção animal exigem a implementação de cuidados específicos. Primeiramente, é crucial garantir uma adequada oferta de água potável, promovendo a hidratação dos animais. Estratégias de manejo ambiental, como a criação de áreas sombreadas e a ventilação adequada nos galpões, são fundamentais para minimizar o estresse térmico. Além disso, a formulação de dietas balanceadas e a oferta de alimentos de alta qualidade são essenciais para compensar a redução na ingestão causada pelas altas temperaturas.
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A monitorização constante dos animais é crucial durante ondas de calor, permitindo a identificação precoce de sinais de estresse térmico e a tomada de medidas preventivas.
Em termos de planejamento a longo prazo, a seleção de raças mais adaptadas ao calor e a implementação de práticas de gestão sustentáveis, como a integração de sistemas agropecuários, podem contribuir para a resiliência da produção animal em face das mudanças climáticas. Programas educativos também são necessários para conscientizar os produtores sobre a importância de medidas preventivas e boas práticas de manejo durante ondas de calor.
Vale ressaltar que sombra e água fresca nunca são demais.
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