A criação de codornas é um mercado que vem crescendo cada vez mais, principalmente pelo fato de serem animais pequenos, necessitarem de baixo investimento, apresentarem alta produção (ovos) e rápido retorno de investimento. As codornas vieram para o Brasil na década de 50 trazidas por imigrantes italianos e japoneses.
A coturnicultura pode ser basicamente de duas formas: industrial ou doméstica. A criação em escala industrial é aquela destinada principalmente à produção de ovos e carne, já a doméstica é aquela criação de “fundo de quintal”, onde não há tanto controle da reprodução dos animais e se tem a criação mais para fins de lazer.
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A espécie mais criada é a Codorna Japonesa (Coturnix coturnix japonica), onde as fêmeas atingem a maturidade sexual e começam a produzir ovos por volta dos 45-50 dias de vida. Os ovos das codornas são considerados grandes em relação ao peso do animal (cerca de 8%), além disso, as fêmeas são maiores do que os machos devido ao desenvolvimento do aparelho reprodutor (CAMBOTA).
Mesmo sendo animais mais “rústicos”, devem-se ter alguns cuidados na criação como a limpeza de bebedouros, a quantidade de animais na instalação, o tipo de alimento fornecido e a localização da gaiola a fim de proporcionar o melhor conforto das aves para que possam expressar o melhor do seu valor genético.
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O produto mais comercializado resultante da coturnicultura são os ovos (principalmente em conserva), porém a carne de codorna vem sendo muito aceita na culinária por ser considerada exótica.
É um mercado que ainda necessita de muito incentivo e profissionais focados na produção, a coturnicultura pode ser uma fonte de geração de empregos e de baixo investimento inicial para aqueles que estão em busca de uma produção alternativa ou até mesmo “renda extra”. O Zootecnista pode atuar principalmente na formulação de dieta dos animais, no planejamento das instalações a fim de promover o bem-estar dos animais e também no melhoramento genético dos mesmos.
Referências:
Revista Globo Rural. Ovo de codorna.