Os leitões nascem praticamente sem imunidade devido à natureza epiteliocorial da placenta, que não permite a transferência de anticorpos para os fetos durante a gestação, e é por meio do primeiro leite produzido pelas glândulas mamárias nos primeiros dias pós-parto, o colostro, que esses animais obtêm proteção imunitária capaz de sintetizar imunoglobulinas.
Como principal fonte de energia e imunidade para os leitões recém-nascidos, o colostro possui maior porcentagem de sólidos totais e proteína que o leite maduro. Além disso, as secreções mamárias contêm outros peptídeos bioativos, como a insulina e fatores de crescimento, que são importantes para o desenvolvimento do trato gastrointestinal em ritmo acelerado. No entanto, em sua concentração possui menor porcentagem de cinzas, gordura e lactose – que aumentarão durante a transição para o leite maduro, assim como os sólidos e as proteínas tendem a diminuir a cada aleitamento sucessivo.
Além da imunidade passiva, o colostro tem a função de prover energia por meio de proteínas, gorduras e carboidratos auxiliando o metabolismo fisiológico do recém-nascido.
A quantidade do colostro ingerida nas primeiras horas de vida garante a saúde, sobrevivência e o desempenho do leitão. A não ingestão de colostro pode representar uma perda considerável de até 9% no peso corporal do leitão, além das perdas por falta de imunidade, vindo a sofrer consequências até os 25 – 30 dias de vida, quando sua própria imunidade será ativa.
Referências:
Ferreira, A. H. et al. Produção de Suínos Teoria e Prática, Brasília, 2014.
“Importância do colostro aos leitões nas primeiras horas de vida” Disponível em: <http://www.consuitec.com.br/>
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