Alimentação para animais utilizando Cana-de-Açúcar

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Considerada a forrageira dos anos 2000, a cana-de-açúcar passou a ser um atrativo para a alimentação de ruminantes por sua alta produtividade, baixo custo (em média R$75,00 a tonelada), e por ser uma forrageira energética. Outro fator é por ser uma planta perene, que pode ser mantida por uma média de 5 anos sem ser renovada (atrativo para o pecuarista que terá economia no investimento de manejo da cultura). A produção da cana vai depender da sua variedade tendo uma média de 70t/hectare. 

Durante a época da seca é muito utilizada na alimentação de bovinos leiteiros, principalmente os criados a pasto, já que com a baixa densidade de chuvas, as baixas temperaturas e umidades, as pastagens perdem seu potencial de produção e nutrientes, sendo insuficiente até mesmo para a manutenção dos animais. É comum encontrar a utilização da cana-de-açúcar em confinamentos de gado de corte, por ser uma forrageira de baixos custos de produção.  

Porém essa cultura possui alguns limitantes, como a baixa qualidade de FDN que ocasiona retenção de fibras indigestíveis no rúmen, tendo perdas nutricionais, que pode limitar a ingestão para o animal, e a presença de fermentação indesejada no material picado que acaba diminuindo a qualidade do alimento. Uma alternativa para essa limitação é o processo de ensilagem, que permite sua conservação e mantença do valor nutritivo. Na ensilagem é importante o uso de aditivos, que além de conservar a silagem, contribui para bom estabelecimento da microbiota e estabilização rápida do pH. O uso da cana madura é recomendado por possuir maiores teores de nutrientes. 

A grande desvantagem da cana-de-açúcar comparada as outras forrageiras, é o baixo teor de proteína bruta (PB).  Os níveis de PB são entre 3% a 4%, e 3,2% a 3,7% de Matéria Mineral, e esses índices não são suficientes para a produção e nem as exigências de manutenção dos animais, por isso não é recomendado o uso dela isolada na alimentação, sendo necessário a correção com concentrados (proteicos e energéticos) e núcleos minerais. É muito comum a adição de ureia, porém se atente a quantidade fornecida para os animais, pois a ureia pode ser altamente tóxica se ingerida em grandes quantidades. 

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