Quem leu a publicação ” Mercado agro deve ser afetado pelo corona vírus” viu que o cenário nacional e mundial estava bem volátil. Mas e agora três semanas depois, como está o cenário atual, e como a cadeia produtiva da pecuária está se comportando frente as adversidades impostas.
No último boletim publicado pela Universidade John Hopkins, foi informado que no mundo há mais de 2 milhões infectados e mais de 150 mil mortos. Já no Brasil são mais de 30 mil casos confirmados até o momento.
Esses dados junto as medidas tomadas por todas as nações teve um grande impacto econômico criando assim uma crise muito próxima a de 2008, sendo o circuit breaker – CB mecanismo usado para pausar a bolsa brasileira por 30 min após uma intensa queda acionado 6 vezes, mesma quantidade de 2008… Além disso, o mundo está passando por uma “guerra” comercial do petróleo causada pela Rússia e a Arábia Saudita, e para fechar com martelo de ouro nosso Presidente está mais perdido que cego em tiroteio, dando declarações sem cunho científico e de forma irresponsável junto ao seu filho e o ministro da economia.
Tá, mais e o boi ??? Vamos lá… Desde que começou as ações de controle do vírus no Brasil, alguns frigoríficos fecharam algumas plantas, Marfrig, Minerva e JBS são alguns dos que deram férias coletivas para os trabalhadores, e isso vai desencadear alguns problemas. Concomitantemente o preço da @ para exportação está com uma leve queda sendo fechada no dia 16 a R$ 197,00. No mercado interno a @ se mantem estável até o momento e fechou R$ 184,00 na BA, MS R$ 177,50, GO R$ 176,50 e SP em R$ 192,00.
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A partir do momento que os frigoríficos param de abater, o produtor parará de vender e logo alguns animais passarão do momento de venda, sem falar que estamos saindo do verão e algumas regiões começam a entrar na seca, podendo não ter oferta de forragens suficiente para comportar os animais que já eram para terem sido vendidos. Quem trabalha na terminação não vai comprar de quem faz a cria ou a recria, isso vai parando a cadeia, mas o problema é que não pode-se parar quando o trabalho e com a pecuária, os animais continuaram comendo e bebendo, e os peões recebendo.
Mas quem fez um bom planejamento pode sair com menos prejuízos, já que o mercado retomará quando passar essa pandemia e quem tiver feito um planejamento a longo prazo e com estratégias para momentos como esse, com certeza ganhará muito dinheiro.
Nesse panorama a China vem conseguindo controlar o vírus, e logo começará a comprar novamente a todo vapor do Brasil, e até mais do que vinha comprando, a Europa também terá que comprar proteína animal, e com a lei da oferta e demanda o preço da arroba irá disparar, com o dólar alto então nem se discute, já que será mais lucrativo importar do Brasil.
Isso são teorias, em um cenário mundial muito pode acontecer em pouco tempo, mas as pessoas não irão parar de comer ou beber, o que garante um pouco de segurança para os nossos produtores.
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