As reservas orgânicas são definidas como carboidratos e proteínas armazenadas em órgãos permanentes (base do caule e raízes), sendo responsáveis, juntamente com a área foliar remanescente na manutenção e sobrevivência dos órgãos remanescentes após a desfolha, além de auxiliar no fornecimento de nutrientes para a restauração foliar.
Carboidratos de reserva – Em gramíneas tropicais, o principal carboidrato de reserva é o amido, armazenado nas raízes e base do caule, fornecendo energia e esqueleto de carbono para a respiração de manutenção e crescimento. O amido tem características positivas que o tornam bem adaptado a função de reserva, devido ao fato de que podem ser mobilizados por hidrólise ou por processos que envolvam a fosforilação direta de resíduos de glicose terminais.
Proteínas de reserva – Diferente dos carboidratos, poucos trabalhos evidenciam quais proteínas atuam como reserva durante a rebrota. Porém, proteínas presentes na base do caule e nas raízes podem em geral, atuarem como fonte de aminoácidos para a rebrota, uma vez que a restauração foliar se torna um dreno prioritário.
A quantidade de carboidratos e proteínas a serem mobilizadas durante a rebrota, dependerá da intensidade e da frequência da desfolha. Se a área foliar remanescente for pequena e de baixa capacidade fotossintética, as reservas serão mais necessárias. Quando a frequência de desfolha for mais frequente e intensa, os níveis das reservas diminuem na planta e sua rebrota será mais lenta.
Por isso, as alturas de resíduos pós pastejo são tão importantes, pois evitam a redução drástica da fotossíntese e na mobilização de reservas orgânicas.