
A cannabis na produção animal vem ganhando atenção devido ao seu potencial para melhorar a saúde e o bem-estar dos animais, além de impactar positivamente na produtividade. No entanto, essa alternativa pode ser promissora, mas ainda enfrenta desafios regulatórios e preconceitos. Neste artigo, vamos explorar os benefícios do uso da cannabis na zootecnia, o que já está legalizado e o papel do zootecnista nesse cenário.
Leia também: Alternativas sustentáveis na nutrição de suínos
Benefícios da Cannabis na Produção Animal
A cannabis possui compostos bioativos, como os canabinoides (CBD e THC), que apresentam efeitos positivos para diversas espécies animais. Entre os principais benefícios estão:
- Redução do estresse e da ansiedade: O CBD pode ajudar a minimizar o estresse em animais confinados, além de melhorar o bem-estar e reduzindo comportamentos agressivos.
- Efeito anti-inflamatório e analgésico: Por exemplo, auxilia no manejo da dor e inflamações, especialmente em animais idosos ou em recuperação de doenças.
- Melhoria na digestibilidade e ganho de peso: De acordo com estudos, o uso de subprodutos do cânhamo na alimentação pode melhorar a eficiência alimentar e o desempenho produtivo.
- Alternativa natural aos antibióticos: Além disso, o cânhamo possui propriedades antimicrobianas, podendo reduzir a necessidade de antibióticos na produção animal.
O Que Já Está Legalizado na Cannabis para Produção Animal?
A legislação sobre o uso da cannabis na produção animal varia conforme o país. Em nações como os Estados Unidos e Canadá, a inclusão de subprodutos do cânhamo na alimentação animal já é regulamentada para algumas espécies. No entanto, no Brasil, o debate ainda está em andamento, e a liberação para uso na zootecnia enfrenta desafios burocráticos e políticos.
Acesse também nosso LinkedIn e nos siga: Zootecnia Brasil
Vale destacar que o cânhamo industrial (Cannabis sativa com baixos níveis de THC) já pode ser utilizado em diversos setores, incluindo nutrição animal, desde que esteja em conformidade com as regulamentações sanitárias.
O Papel do Zootecnista no Uso da Cannabis na Produção Animal
O zootecnista desempenha um papel essencial na pesquisa e implementação do uso da cannabis na produção animal. Entre suas principais responsabilidades estão:
- Avaliação nutricional: Estudo dos subprodutos do cânhamo como ingredientes na ração.
- Monitoramento do bem-estar animal: Análise dos efeitos da cannabis no comportamento e na saúde dos animais.
- Pesquisa e inovação: Desenvolvimento de protocolos seguros para o uso da cannabis, considerando aspectos zootécnicos e sanitários.
- Assessoria técnica e legal: Auxílio na adaptação das práticas produtivas às regulamentações vigentes.
Desafios e Preconceitos
Apesar dos avanços científicos, o uso da cannabis na produção animal ainda enfrenta desafios:
- Regulação e burocracia: Falta de diretrizes claras sobre o uso da cannabis na alimentação e bem-estar animal.
- Preconceito e desinformação: Muitas vezes, as pessoas ainda associam o cânhamo à maconha recreativa, sem diferenciar suas aplicações industriais e terapêuticas.
- Falta de pesquisas conclusivas: Embora os resultados sejam promissores, ainda há necessidade de mais estudos para garantir a segurança e eficácia da cannabis na produção animal.
Conclusão
Em resumo, o uso da cannabis na zootecnia representa uma inovação com grande potencial para melhorar o bem-estar animal e a produtividade. Além disso, o zootecnista tem um papel fundamental na condução de pesquisas, na formulação de dietas e na implementação de práticas seguras e eficazes. À medida que a regulamentação avança e o preconceito diminui, essa tecnologia pode se tornar uma ferramenta valiosa para a produção animal sustentável.
Fique atento às novidades sobre o tema e acompanhe nosso blog para mais informações sobre inovações na zootecnia!