Alternativas sustentáveis na nutrição de suínos

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O milho e o farelo de soja são os ingredientes mais comuns nas dietas tradicionais, e a variação de seus preços afeta diretamente a lucratividade da criação de suínos. Ademais, os custos com a alimentação correspondem à maior parte das despesas na cadeia produtiva, podendo atingir até 80%. Portanto, é essencial procurar alternativas alimentares sustentáveis que satisfaçam as necessidades nutricionais e energéticas dos suínos.

Leia também: Alguns coprodutos da soja na nutrição animal

Alternativas sustentáveis na nutrição de suínos

1. Coprodutos da Agroindústria:

Farelo de trigo, farelo de arroz e polpa cítrica: São ricos em fibras e energia, podendo substituir parte do milho e da soja na dieta.

Resíduos de cervejarias (bagaço de malte) e coprodutos da produção de etanol (DDGS – Dried Distillers Grains with Solubles): Fontes de proteína e energia.

Soro de leite e resíduos da indústria de laticínios: São considerados uma boa fonte de energia, já que a maior parte da matéria seca é representada pela lactose e galactose. Além disso, possui proteínas de alto valor biológico. Também são uma boa fonte de aminoácidos e vitaminas.

2. Ingredientes Alternativos Locais:

Mandioca, sorgo e milheto: São opções energéticas que podem substituir o milho em regiões onde esses grãos são abundantes. A inclusão da mandioca na dieta não deve exceder 40%.

Farelo de coco e farinha de banana verde: Alternativas ricas em fibras e energia, dependendo da disponibilidade regional.

3. Insetos como Fonte de Proteína:

Farinha de insetos (como larvas de moscas e grilos): Altamente digestível e rica em aminoácidos essenciais, podendo substituir parcialmente o farelo de soja.

4. Alimentos Funcionais e Aditivos Naturais:

Probióticos e prebióticos: Melhoram a saúde intestinal, reduzindo a necessidade de antibióticos.

Óleos essenciais e extratos vegetais (como orégano e alho): Possuem propriedades antimicrobianas e antioxidantes.

5. Forragens e Plantas Tropicais:

Leguminosas forrageiras (como leucena e gliricídia): Fontes de proteína com alta digestibilidade.

Ervas aquáticas (como Eichhornia crassipes – aguapé): Podem ser usadas em pequenas proporções como suplemento proteico.

6. Alimentos Fermentados:

Silagem de milho com aditivos naturais e subprodutos fermentados: Melhoram a digestibilidade e a absorção de nutrientes.

Portanto, ao utilizar alternativas alimentares sustentáveis para suínos, é essencial tomar alguns cuidados para garantir a segurança alimentar, o desempenho e a saúde dos animais. Como:

  • A composição nutricional;
  • A qualidade dos ingredientes (presença de antinutricionais, toxinas, contaminantes);
  • Processo e preparação dos ingredientes (tratamento térmico, moagem, granulometria, mistura homogênia);
  • Ajustes na formulação da dieta (níveis seguros de inclusão, compatibilidade com outros ingredientes, adequação a fase de crescimento);
  • Monitoramento do desempenho zootécnico dos animais.

Conclusão:

Em suma, o uso de alternativas alimentares sustentáveis na nutrição de suínos oferece inúmeras vantagens, como a redução de custos, a diminuição do impacto ambiental e o aproveitamento de coprodutos da agroindústria.

No entanto, é essencial adotar uma abordagem cuidadosa e bem planejada, o sucesso na implementação dessas estratégias depende de uma visão integrada, que considere aspectos econômicos, ambientais e regulatórios. Com planejamento e manejo adequados, as alternativas sustentáveis podem contribuir significativamente para uma suinocultura mais eficiente, rentável e ambientalmente responsável.

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