Os equinos são animais que têm sua ciclicidade estral em determinada época do ano, sendo assim, necessário que se encontrem alternativas que possibilitam ocasionar melhorias em seu processo reprodutivo.
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Em princípio a espécie equina em relação às demais, possui certas especificidades relacionados a sua reprodução. Sendo assim, são poliéstricos, sazonais de dias longos, ou seja, animais que têm ciclo estral ativo em dias de grande luminosidade, em contrapartida aos pequenos ruminantes (ovinos, caprinos), que são animais de fotoperíodo negativo (dias curtos). Assim, estes animais, ao longo de determinada época, podem se encontrar cíclicos ou em anestro (baixa atividade reprodutiva), com isso, as proles destas espécies, possuem a tendência de nascer em uma época favorável, ou seja, em períodos dos quais não há escassez de alimento.
O uso da luz artificial
A partir desse emblema, surgem novos métodos que visam diminuir esse período de baixa fertilidade. Deste modo, o uso de luz artificial, tem o intuito de prolongar a luminosidade e assim ativar o ciclo reprodutivo do equino, em épocas de baixa luminosidade.
Desta maneira, para que os equinos se tornem aptos para reproduzir, devem ser expostos a um período de 14 a 16 horas de luz, sendo assim, devem ser fornecidos o estímulo de 1 hora de luz após 9 horas de anoitecer.
Viabilidade da técnica
O fornecimento de luz artificial é considerada, uma técnica viável, para adiantar o retorno da ciclicidade das éguas, visto que, é um método simples, em relação a sua implementação e há um baixo custo, podendo assim, ser considerado um método eficiente para ser aplicado.
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Adicionalmente, ao introduzir protocolos de iluminação artificial em cavalos, é necessário seguir uma série de etapas para garantir que o resultado seja satisfatório. Dessa forma, aspectos como a intensidade, qualidade da luz, duração e modo de fornecimento podem impactar na eficácia desse método.
A luz artificial, pode ser disponibilizada por meio de máscaras, cocheiras, em baias e piquetes, ainda mais, pode ser ofertada a partir maio, para que seja possível adiantar o ciclo, sendo que deve haver oscilação de horas de luz e escuro, para que seja ativado o ciclo.
Glândula Pineal e a Produção de Melatonina
A melatonina é um hormônio secretado pela glândula pineal, em períodos de ausência de luz. Assim, quando ela possui efeitos prolongados em dias curtos, o GnRH é inibido, em consequência disso, há uma redução na concentração de hormônios como o LH, estradiol, progesterona, o que ocasiona o anestro em éguas, além disso, algumas ainda ciclam nesse período, pois há interferência de outros fatores, como por exemplo, a nutrição do animal e a latitude onde este se encontra.
Sob essa perspectiva, torna-se necessário encontrar soluções para manipular o ciclo reprodutivo, pois possibilita o aumento do número de períodos estrais, antecipa a atividade reprodutiva e reduz o tempo em que a égua não está prenha.
De forma sucinta, há diversos elementos que podem influenciar no processo de reprodução das fêmeas equinas, sendo essencial ter cuidados com a saúde do animal e deve-se atender a exigências fisiológicas para que se consiga obter resultados satisfatórios.