
Pets não convencionais estão cada vez mais presentes nos lares brasileiros. Pássaros, coelhos, cobras, tartarugas, lagartos, hamsters, peixes e até macacos representam 66 milhões dos 168 milhões de pets do nosso país, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação.
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Esses dados demonstram o quanto o mercado de pet não convencional tem crescido e esta tendência, motivada por um interesse crescente em espécies únicas e menos comuns, exige uma abordagem cuidadosa e especializada demandado profissionais especialistas para lidar com as necessidades de cada animal, nesse sentido o zootecnista desempenha um papel crucial, garantindo o bem-estar animal, a legalidade e a sustentabilidade da prática.
Definição de Pets não Convencionais
Pets não convencionais são espécies que não são tradicionalmente mantidas como animais de estimação. Nisso temos o animal exótico e silvestre que, geralmente, pode ser domesticado. Os animais exóticos são aqueles advindos de outros países, ou seja, não são encontrados na fauna do Brasil. Já os silvestres são animais que fazem parte do bioma brasileiro.

Mercado de Pets
O mercado de pets não convencionais oferece diversas oportunidades para profissionais ou empreendedores que buscam ingressar nesse segmento devido ao grande crescimento do setor que foi observado nos últimos tempos.
A criação de aves como curiós, trinca ferro, papagaios, bem como de muitas outras espécies silvestres, como répteis, mamíferos, alguns peixes e anfíbios, só pode ser realizada com autorização de entidades ambientais do seu estado, como o Ibama. Além dos cães e gatos que são denominados pets convencionais, os pets ditos como não convencionais mais comuns são as aves e os roedores, que possuem um cuidado específico, quesito importante ao se falar de pets não convencionais, saber lidar com esses animais é de extrema importância, já que os tratamentos podem diferir.
No quesito pets não convencionais, as aves, como calopsitas, papagaios e periquitos estão em primeiro lugar entre as mais queridinhas, seguidas de mamíferos, como coelho, porquinho da índia, ferrets e finalizando com os répteis, como os jabutis, lagartos e serpentes. O número de criadores é outra área em ascensão e isso aponta também na busca por mão de obra capacitada.
Motivação para a Escolha de Pets Não Convencionais
Os motivos para escolher pets não convencionais variam, desde a fascinação pela biologia e comportamento destes animais, quanto a necessidade de um espaço limitado em comparação a cães e gatos, em alguns casos a preferência por animais sem pelos em casos de pessoas com alergia e por fim a motivação pela estética e exclusividade em se ter animais raros e distintos.
Comercialização, posse e cuidados de pets não convencionais
É essencial garantir que as necessidades específicas de cada espécie sejam atendidas. Muitos desses animais requerem cuidados especializados e cada espécie tem requisitos específicos:
- Habitat: Controle de temperatura e umidade é essencial para répteis.
- Dieta: Dietas variam amplamente; alguns répteis necessitam de insetos vivos, enquanto aves exóticas precisam de dietas específicas.
- Saúde e Bem-Estar: Acesso a veterinários e zootecnistas especializados é fundamental.
O zootecnista tem um papel essencial na comercialização de pets não convencionais, atuando em diversas áreas: Instruir proprietários sobre as necessidades específicas de cada espécie, cuidados diários, alimentação, habitat e saúde. Prover conhecimento técnico sobre manejo adequado e praticas de criação ética a lojistas e criadores. Desenvolver e implementar protocolos para garantir o bem-estar dos animais.
Conclusão
A comercialização de pets não convencionais é uma tendência crescente que atrai muitos entusiastas, mas também apresenta desafios significativos em termos de ética, regulamentação e cuidados especializados. Com a abordagem correta, a posse de pets não convencionais pode ser uma experiência enriquecedora para todos os envolvidos, desde os animais até os seres humanos.