Estrutiocultura no Brasil

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Estrutiocultura ou criação de avestruz (Struthio Camelus), vem sendo desenvolvida, no Brasil, desde o ano de 1995, quando foram importadas as primeiras aves. Desde então, houve uma explosão dessa atividade, tendo que passar por uma reestruturação para que houvesse melhorias nas condições sanitárias e maior fiscalização na entrada dos avestruzes no país. Sua origem é africana, mais especificamente no Egito, com dispersão da espécie por toda a África. O avestruz é uma ave ratita, ou seja, não tem capacidade de voar.

Fonte: Revista Safra

O avestruz pode alcançar na fase adulta de 2 a 2,6 m de altura e de 100 a 150 kg de peso, quando adulto. Sendo um notável animal corredor podendo atingir até 60 km/h, e também, possui pés com dois dedos, dos quais apenas um possuí unha. Como o avestruz é herbívoro, ele apresenta um trato digestivo distinto de outras aves e conta com algumas semelhanças com o de ruminantes domésticos, como bovinos, ovinos e caprinos, tendo longo intestino grosso, digestão bacteriana e alimentando-se de ração e pasto verde.

A estrutiocultura vem crescendo fortemente no Brasil, se tornando uma atividade agropecuária com um grande potencial, isso se dá pelo fato dos avestruzes terem uma grande produtividade, possuindo carne de alto valor nutricional e de ótimo sabor, suas plumas também são vendidas para ornamentação, indústria da moda, enfeites, entre outros. Por tais fatos é conhecida como ave zootécnica ao invés de exótica.

Raças criadas

Black Neck: raça de avestruz que também é conhecida como African Black. Sendo considerada a raça mais dócil, é também a mais utilizada a nível comercial. Resultado do cruzamento entre subespécies ao longo dos últimos 150 anos, a Black Neck é a ave mais baixa de todas as raças de avestruz. Sua característica principal é a qualidade de suas penas, portanto, a raça possui a preferência dos fornecedores de plumas.

Fonte: Portal Agropecuário

Red Neck: raça de avestruz de maior porte, possui a pele em tom vermelho. Essa subespécie habita principalmente o Quênia e parte da Tanzânia, e é a mais agressiva e competitiva de todas, podendo chegar a atacar pessoas. Sendo assim, é um animal perigoso para o contato humano e até mesmo com outros avestruzes.

Fonte: Nordeste Rural

Blue Neck: raça de porte médio. Ela apresenta a pele com tom cinzento azulado, e habita o Nordeste africano. Essa ave é menos agressiva e territorialista que a Red Neck, porém, também oferece risco aos homens e a outras raças de avestruzes.

Fonte: Criação de Animais

Blue Black: com o interesse maior pela carne de avestruz, foi criada, através de cruzamentos, a raça Blue Black, que apresenta maior fertilidade, precocidade, docilidade e alta densidade de plumas, em relação às outras raças.

Sendo assim, a estrutiocultura vem mostrando um crescimento dentro do país, devido a versatilidade destas aves, criar avestruzes é um negócio promissor e muito lucrativo para criadores de todo o Brasil. A busca pela carne diferenciada, o ovo de tamanho surpreendente e a funcionalidade no uso de plumas faz com que criar avestruzes seja um negócio muito lucrativo para produtores do país.

Referências:

SUZAN. A ESTRUTICULTURA E O MERCADO BRASILEIRO DE CARNE DE AVESTRUZ. Pirassununga/Sp: Usp, 2007.

SAVIANI, Gisele. Histologia do intestino do avestruz. São Paulo: Usp, 2013.

ROCHA, Andréa. Criação de avestruz: saiba as características principais desta ave. São Paulo: Portal Agropecuário, 2013.

CARRER, Celso da Costa. PERSPECTIVAS DA ESTRUTIOCULTURA NO BRASIL: AVANÇOS E DESAFIOS. Pirassununga/Sp: Usp, 2006.

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