O beijupirá, também conhecido como cobia, é um peixe de águas salgadas tropicais sobrevivendo em temperaturas médias de 22°C a 32°C. Pode chegar a 2 metros de comprimento e pesar mais de 60 kg, pode sobreviver também de 10 a 15 anos, dependendo das condições em que se encontra. O corpo do beijupirá é alongado e possui pequenas escamas. É uma espécie muito apreciada na pesca esportiva por seu alto valor comercial e qualidade de carne (carne branca e possui alto teor de lipídeos).
Os principais interesses no seu cultivo seriam devido ao seu crescimento rápido (cerca de 5 – 6 kg por ano) e por ser viável a alimentação com descarte de peixes, porém ainda encontra um mercado não consolidado e doenças constantes. China, Taiwan, Panamá e Vietnã são os principais produtores de beijupirá, sendo que em 1992 já iniciavam as principais criações em Taiwan.
Essa espécie amadurece entre 1,5 – 2 anos e desovam 3 – 4 vezes por ano, apresentando alta fecundidade. Na larvicultura o início da alimentação se dá 3 dias após a eclosão e essa etapa pode ser feita nos mais variados sistemas de cultivo. Sua engorda é feita em mar aberto alimentados com ração 42 – 45% de proteína bruta (PB) – carnívoros vorazes – em que apresentam maior consumo na faixa de temperatura 27°C – 33°C.
No Brasil, os principais entraves para o sucesso de criação seriam a falta de elaboração de uma ração artificial, pesquisas na área e principalmente na questão sanitária (doenças). É uma espécie com grande potencial para cultivo, pois apresenta uma ótima qualidade de carne excelente para sashimi, muito apreciado na culinária oriental.
Referências:
Material utilizado das aulas de Piscicultura 2020.1 (UFSC)