Hipocalcemia

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Um grande desafio para vacas em período de transição é o aumento da demanda por nutrientes, especialmente o cálcio, pois é quando se dá o início da produção de colostro e produção de leite. Em razão disso, o organismo do animal passa por adaptações para suprir esse aumento de exigências e quando malsucedida pode levar a hipocalcemia.

Hipocalcemia é uma doença metabólica que também é denominada Febre vitular, Febre do leite ou ainda por Paresia puerperal. Afeta principalmente bovinos de alta produção leiteira devido a maior demanda de cálcio para produção de leite. Há também a influência da genética ou até mesmo do manejo nutricional no pré e pós parto. Sua manifestação ocorre de 24 a 72 horas após o parto.

COMO RECONHECER

Os sintomas clínicos da hipocalcemia são divididos em três fases diferentes. No estágio inicial a vaca demonstrará excitação de curto prazo, geralmente com mugidos, tremores, ranger dos dentes, dificuldade em respirar e perda de apetite. A sensibilidade ao toque e estimulação sonora também será reduzida.

O segundo estágio tem como sinal mais obvio o animal estar deitado com a cabeça direcionada para o flanco. Consciência diminuída, pupilas dilatadas, reflexo pupilar enfraquecido ou ausente, músculos flácidos (extremidades), ritmo cardíaco acelerado, extremidades frias, narinas secas. Os animais podem ter ainda parada ruminal e timpanismo.

No último estágio, o animal encontra-se em decúbito com os músculos completamente flácidos, pulsação diminuída e frequência cardíaca muda consideravelmente. A perda de consciência torna-se mais pronunciada, evoluindo para como e morte do animal.

O diagnóstico geralmente é feito por meio de sinais clínicos e do histórico do animal, levando em conta que não há tempo para realização de exames laboratoriais. O tratamento deve ser realizado imediatamente e a resposta positiva a ele confirma o diagnóstico de hipocalcemia.

COMO PREVENIR

A melhor maneira de prevenir a hipocalcemia é por meio da adoção de dieta balanceada de 30 a 40 dias antes do parto e alguns cuidados no peri-parto (48 antes e 48 depois do parto), podem garantir que a incidência de hipocalcemia seja reduzida.

Dietas com baixo teor de cálcio e fosforo são recomendadas durante a prenhez para estimular a atividade do PTH (Paratormônio) e prevenir a hipocalcemia. O uso preventivo de cálcio subcutâneo imediatamente após o parto tem sido amplamente utilizado e tem mostrado bons resultados para vacas leiteiras de alto rendimento.

*PTH- regula o consumo e absorção de cálcio e ainda a reabsorção de cálcio pelo tecido ósseo.

Referências:

HIGUTI, K. D.; REZENDE, M. Hipocalcemia. 2011. Disponível em: https://www. ruralcentro.com.br/

VENJAKOB, P. L. et al. Hypocalcemia—Cow-level prevalence and preventive strategies in German dairy herds. 2018. Disponível em: https://www.journalofdairyscience.org/

VENJAKOB, P. L. et al. Association of postpartum hypocalcemia with early-lactation milkyield, reproductive performance, and culling in dairy cows. 2018. Disponível em: https://www.journalofdairyscience.org/

MARCONDES, M. I. et al. Nutrição e manejo: de vacas de leite no período de transição. 1. ed. Viçosa-MG: UFV, 2019. v. 1. 56 p.

MARCONDES, M. I.; ROTTA, P. P.; PEREIRA, B. de M. Nutrição e Manejo de Vacas Leiteiras. 1. ed. Viçosa-MG: UFV, 2019. v. 1. 236 p.

HIGUTI, K. D.; REZENDE, M. Febre do Leite. Disponível em: http://www.diadecampo.com.br/

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